Viviane Soares
Viviane Soares
12 Jan, 2024 - 11:54

VPN: o que é e porque precisa de uma

Viviane Soares

Uma VPN permite criar uma ligação segura e privada a uma rede. Se preza a sua segurança digital, saiba como funciona esta ligação e as vantagens associadas.

Ligação VPN

Uma VPN – Virtual Private Network – permite-lhe criar uma ligação segura e privada enquanto navega na Internet. Poderá aceder a sites com restrição de região, esconder a sua atividade de olhos curiosos em redes públicas e não só.

Com as questões de falhas de privacidade e de cibersegurança que têm invadido as notícias ultimamente, as VPN tornaram-se ainda mais populares – não só para o cidadão comum, mas também para as empresas. Mas como é que funcionam estas redes de navegação privada?

VPN: o que é e como funciona?

De um forma simples, uma VPN conecta o seu computador, smartphone ou outro qualquer dispositivo móvel a um um servidor algures na Internet e permite-lhe navegar online, utilizando a conexão à rede desse mesmo servidor. Se esse servidor estiver noutro país, é como se estivesse nesse mesmo país a aceder à Internet e, assim, ultrapassa algumas barreiras geográficas.

Todo o seu tráfego é enviado através de uma ligação segura para a VPN. Neste cenário, e como o seu computador aparenta estar numa rede lá fora, permite-lhe utilizar todos os recursos dessa mesma rede, mesmo estando no outro lado do mundo.

Uma VPN recorre a técnicas de criptografia e autenticação, assegurando trocas de dados seguras. Está associada a um canal seguro que usa protocolos como PPTP, L2TP, SSTP e OpenVPN entre o computador do utilizador e a designação desejada.

Na prática, ao estabelecer uma ligação VPN, está a criar uma rede privada sobre a rede pública – de utilização comum e onde navegam a maioria dos utilizadores.

Para que serve uma VPN?

Inicialmente, quando este sistema foi criado, era utilizado por empresas para que os seus colaboradores acedessem a uma rede privada e segura e, desta forma, partilhassem conteúdos sem correr o risco dessa informação ser roubada.

Atualmente, uma VPN é especialmente utilizada por pessoas que fazem downloads através de torrents ou para aceder a websites cujo acesso é restrito em Portugal (permitindo contornar restrições relacionadas com censura de conteúdo).

Pode usar uma VPN para ultrapassar restrições geográficas, proteger-se em redes públicas de pouco confiança, obter algum nível de anonimato online e esconder a sua localização real.

Outros tipos de utilização pode ser a de aceder a uma rede de trabalho ou mesmo rede doméstica enquanto viaja e esconder o seu histórico de navegação do seu provedor de Internet.

Como pode obter uma VPN?

Dependendo das suas necessidades, pode usar uma VPN para o seu local de trabalho, criar uma VPN privada ou alojar um servidor em sua casa.

Na realidade, a maior parte das pessoas apenas procura uma forma de se proteger enquanto faz downloads de torrent ou para poder assistir a vídeos ou filmes online, como na Netflix, que de outra forma seria impossível (devido a restrições geográficas).

A forma mais fácil é visitar estes websites e fazer o download para Windows, Mac, Android ou iOS.

1. ExpressVPN: este servidor VPN tem tudo o que precisa num só pacote. Fácil de usar, servidores rápidos e suporta streamingtorrenting, tudo por um custo reduzido.

2.  Tunnelbear: uma VPN fácil de usar e é excelente para utilizar em redes públicas e tem um plano grátis (com acesso limitado). No entanto, não é bom para streaming ou para fazer downloads.

3. StrongVPN: não é tão fácil de utilizar como as anteriores, mas é das melhores para assistir filmes online e para fazer downloads.

Todas estas plataformas têm um período experimental. Pode pedir um reembolso, caso mude de ideias.

A importância da VPN no contexto empresarial

No plano empresarial, manter a segurança online é, nos dias que correm, um procedimento quase obrigatório. As ameaças digitais são cada vez mais frequentes, sofisticadas e os riscos associados são demasiado elevados.

Se a sua empresa não tem uma VPN, todos os dados confidenciais estão vulneráveis a crackers e outros cibercriminosos. O recurso a uma VPN é, sem dúvida alguma, uma das formas mais seguras de proteger os dados da sua empresa (e dos seus clientes), bem como de proteger o sistema contra ciber-riscos.

Ao submeter o tráfego de rede a uma conexão segura com um servidor remoto, uma VPN criptografará os seus dados e tornará praticamente impossível o seu acesso por parte de pessoas com más intenções.

VPN para uso pessoal e VPNs corporativas: quais as principais diferenças?

A maioria das VPNs pessoais simplesmente não conseguem atender às exigências do contexto empresarial. Isto porque as VPNs pessoais conectam milhares de utilizadores a um único servidor – o que pode reduzir a velocidade de conexão ou até causar uma sobrecarga no servidor.

Uma VPN corporativa garante que terá um servidor e um endereço IP dedicado à sua empresa, permitindo-lhe usufruir de todas as vantagens que daí advêm. Os seus funcionários poderão aceder a esse servidor a partir de qualquer lugar do mundo, podem estar conectados múltiplos dispositivos ao mesmo tempo e o nível de segurança não será posto em causa.

Características essenciais a procurar numa VPN corporativa

Tendo em vista a privacidade de navegação e, sobretudo, a segurança dos dados, opte sempre por uma VPN que lhe ofereça criptografia de grau militar, conexões rápidas e banda ilimitada.

Além disso, certifique-se de que escolhe um provedor de VPN de confiança, com um histórico comprovado de segurança.

Outras boas práticas de cibersegurança a considerar

VPN: o que é

Temos aqui abordado algumas boas práticas que todas as empresas deviam adotar em termos de segurança digital. Importa, contudo, sublinhar que, tendo em visto os riscos inerentes aos ciberataques (e os efeitos devastadores que podem ter para a sua empresa), contratar um seguro contra ciberataques torna-se um investimento inteligente, sobretudo agora que o Regulamento Geral de Proteção de Dados (RGPD) está em vigor.

Apesar das empresas estarem muito mais inclinadas para investirem em seguros que protegem ativos tangíveis do que em seguros específicos para cibersegurança, o ambiente regulatório vigente poderá, a curto prazo, alterar esta tendência – uma vez que o impacto financeiro que a perda e violação de dados representa poderá, em muitos casos, ser muito superior àquele que envolve danos patrimoniais e/ou equipamentos.

Este tipo de seguro pode incluir cobertura para alguns dos seguintes incidentes:

  • Ativos digitais danificados ou perdidos, como dados e software;
  • Perdas de oportunidades de negócios ou aumento de custos operacionais devido a uma interrupção dos sistemas da empresa;
  • Extorsão cibernética se o hacker detiver os dados do segurado para resgate;
  • Dinheiro roubado através de um cibercrime;
  • Violações de segurança da confidencialidade dos funcionários;
  • Perda de dados e informações dos clientes;
  • Notificação do cliente após uma violação de segurança;
  • Esforços de relações públicas, sobretudo no que toca a assegurar a reputação da empresa e violações de propriedade intelectual.
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