Maria Oliveira
Maria Oliveira
26 Jul, 2017 - 10:41

10 coisas que a Jamaica tem e não encontra em mais nenhum lugar

Maria Oliveira

A Jamaica tem coisas que não encontra em mais nenhum ponto do planeta. Cascatas de água límpida, praias a perder de vista e muita música são só algumas.

10 coisas que a Jamaica tem e não encontra em mais nenhum lugar

A Jamaica é um país de bem com a vida e isso é evidente nas mais pequenas coisas. Com 3 milhões de habitantes, um terço destes vive na capital, Kingston, que é também a maior cidade, mas as maravilhas da ilha estão por todo lado.

Quando pensa nesta ilha do Caribe, imediatamente lhe vem à ideia pessoas com longas rastas, cores coloridas, reggae, boa onda e muita canábis, certo? Não se enganou. O “jamaican way of life” é real e não foge muito do seu imaginário.

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Nem só de reggae se faz a Jamaica! Esta é uma das ilhas mais bonitas do mundo, com praias de areia branca e fina, águas calmas e temperadas, um povo acolhedor e animado, cascatas de tirar o fôlego e magníficos recifes de coral. Numa visita à Jamaica, prepare-se para abraçar a floresta virgem e descobrir os seus muitos encantos.

1. Bob Marley

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Infelizmente, o rei da música reggae já partiu (em 1981, aos 36 anos) mas a sua marca na ilha está ainda muito presente. Bob Marley foi um dos artistas mais carismáticos do século XX e o seu papel na sociedade vai muito além do reggae. Cantor e ativista político, Bob incentivou os jamaicanos a rebelarem-se contra, como dizia nas suas canções, o vampírico “sistema da Babilônia”.

Em Nine Mile, a sua terra Natal, pode visitar a casa onde viveu Bob Marley. Atualmente, a casa funciona como museu e santuário mas permanece idêntica ao tempo em que o cantor lá viveu. Pode visitar a casa, o mausoléu e a pedra onde o cantor meditava e se inspirava. Ali estão os seus discos de ouro e platina, a sua camisa de ganga preferida, recortes da imprensa da sua última tour e nas traseiras da casa o seu estúdio, repleto de fotografias.

2. Reach Falls

Na Jamaica não faltam cascatas de água, cada uma mais bonita e espetacular do que a anterior mas as Reach Falls destacam-se por se tratar, sem sombra de dúvida, de um dos lugares mais bonitos da ilha. Uma série de cascatas cai sobre camadas de pedra calcária e desagua num deslumbrante lago cor de jade cercado por floresta virgem. É possível subir ao topo da cascata mas recomendamos que apenas o faça com a ajuda dos guias – vai precisar de sapatos especiais.

Cerca de 800 metros depois, numa caminhada até ao rio através da floresta tropical, está a Mandingo Cave, a jóia da coroa das Reach Falls. Não é demais lembrar que é preciso muita cautela e que deve sempre ter calçado apropriado, colete salva-vidas e fazer-se acompanhar por um guia experiente.

3. Blue Hole

A 20 minutos do centro de Ocho Rios, está a Blue Hole. O acesso não é fácil e pode ser desafiante arranjar transporte mas a viagem compensa. O espaço está dividido em duas secções, a Blue Hole e a queda de água. Na Blue Hole, a água é tão azul, tão límpida que pode nadar, mergulhar ou saltar para a água com a ajuda de uma corda, qual Tarzan em plena selva!

A queda de água tem cerca de 6 metros de altura e fica a uns 7 minutos a pé da lagoa. Sob a queda de água está uma caverna minúscula, totalmente segura, mas se é uma pessoa claustrofóbica, é melhor pensar duas vezes antes de ser aventurar. Independentemente da sua coragem, recomendamos que apenas visite esta zona da ilha com a ajuda de um guia.

4. Blue Mountain

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Fonte da imagem: Blue Mountain/Financial Times

A Blue Mountain fica a 2256 metros acima do nível do mar. Sair da Jamaica sem subir ao seu topo para apreciar o mais incrível amanhecer de que há memória, é uma péssima ideia. O cume só é acessível a pé mas a longa caminhada compensa assim como uma visita às plantações de café. Lá em cima, num dia claro, pode ver a pontinha da ilha de Cuba que fica a 210 km de distância.

A diversidade climatérica da Blue Mountain Peak levou ao crescimento de uma vegetação diversificada e exuberante, incluindo árvores muito altas e mais de 500 espécies de plantas com flores. A fauna é também surpreendente e é aqui que vive a segunda maior borboleta do mundo e a maior das Américas, a homerus swallowtail (Papilio homerus).

5. Negril

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Toda a Jamaica é lindíssima, cortada por rios e cascatas, mas Negril rebenta com a escala. Aqui, a cerca de 90 km de Montego Bay, estão as melhores praias da Jamaica. Aliás, durante anos, a sua praia foi classificada, por várias revistas de viagens, como uma das dez melhores praias do mundo. Percebe-se porquê já que são 12 km de areia branca, água cristalina e calma, perfeitas para longos banhos e outras atividades aquáticas, como mergulho.

Diz quem visitou que em Negril o mar é mais azul, as pessoas mais descontraídas e simpáticas, a comida mais apetitosa. Ao cair da noite, a movida noturna toma conta da cidade e as praias enchem-se de gente para festas tipicamente jamaicanas. Não deixe de visitar a zona de West End onde pode ficar hospedado em hotéis esculpidos nos penhascos.

6. Dunn’s River Falls

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A 3 km de Ocho Rios a Dunn’s River Falls foi desenhada para surpreender. São 183 metros de quedas de água que saem de rochas de calcário e  só terminam na praia. É uma caminhada desafiante mas absolutamente obrigatória. Vai precisar de ter as mãos completamente livres (para se conseguir apoiar e segurar) sapatos especiais (para não escorregar) e da companhia de um guia para não correr qualquer tipo de risco.

As suas coisas podem ficar guardadas nos cacifos da receção ou então leve uma mochila e máquinas fotográficas impermeáveis porque vai chegar ao final encharcado. Atualmente, esta cascata recebe muitos turistas, por isso, é importante escolher um horário mais desafogado – o início da tarde pode ter menos gente.

7. Rick’s Café

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Fonte da imagem: Rick’s Café/Consulate of Jamaica

O Rick’s Café, em West End, recebe centenas de pessoas e desde 1974 que é um ícone da Jamaica, frequentado por locais, turistas e muitos famosos. Mesmo em cima das falésias de Negril, tem uma vista privilegiada para o pôr do sol e é uma das principais atrações da ilha, muito graças aos saltadores que se atiram do precipício para a água.

Não são só os locais a arriscar em impressionantes mergulhos, também os turistas tentam a sua sorte. Apesar da tentação e da adrenalina, é extremamente perigoso saltar neste penhasco (ou em qualquer outro), não só porque pode cair mal e magoar-se mas porque no fundo há várias rochas e a queda pode ser fatal.

8. Blue Lagoon

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Fonte da imagem: Lagoa Azul/Lala Rebelo

A Blue Lagoon, protagonista do filme com o mesmo nome, desemboca no mar vinda de uma nascente de água mineral o que faz dela um paraíso de água doce e salgada, quente e fria. Com cerca de 60 metros de profundidade, ao mergulhar, tão depressa encontra água morna como muito gelada.

Não deixe de navegar nas suas águas numa jangada de bambu que, de resto, é a única coisa que terá de pagar neste local – ao contrário do que algumas pessoas lhe podem fazer crer, o acesso à lagoa é totalmente gratuito. Desfrute deste local paradisíaco, tome longos banhos, suba às árvores para depois mergulhar nestas águas cor de safira.

9. Red Stripe Reggae Sumfest

O Reggae Sumfest é o maior e mais autêntico festival de reggae na Jamaica e inclui mais de 50 artistas de renome internacional do reggae e dancehall. Pelos palcos do festival já passaram nomes como Rihanna, Kanye West, Usher, Christopher Brown, Alicia Keys, Nicky Minaj, 50 Cent, Lionel Ritchie. Mas também os mais fiéis interpretes do estilo jamaicano como os filhos de Bob Marley: Damian “Junior Gong” Marley, Stephen Marley e Ziggy Marley.

Desde 2016 que a organização do festival procura preservar as raízes e a autenticidade da Jamaica e deram ao festival um foco renovado em artistas e cultura jamaicanos com o mantra “A nossa música, o nosso festival”. O Red Stripe Reggae Sumfest acontece, todos os anos, em julho, no Catherine Hall Entertainment Center, e começa sempre com uma festa na praia na Walter Fletcher Beach, seguida de uma semana inteira de festa non-stop.

10. Movimento rastafári

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O movimento rastafári reconhece Haile Selassie I, antigo imperador da Etiópia, e primeiro imperador negro a governar um país africano, como a encarnação de Cristo na Terra. Este movimento, apesar de espiritual, não é considerado uma religião mas “uma filosofia de vida, que prega um retorno a África, às nossas origens, sempre respeitando a lei da natureza, o próximo e Deus.”

Teve início nos anos 20, quando Marcus Garvey, influenciado pelo Velho Testamento,  passou a pregar que todos os negros deveriam voltar a África, a Terra Prometida, de onde saíram à força por causa da escravidão. No final dessa década, Garvey disse: “Olhem para a África. Quando um rei negro for coroado, a redenção estará próxima”. No ano seguinte a profecia concretizou-se e o movimento floresceu.

O movimento está também relacionado com um comportamento inconformista que recusa o sistema e qualquer tipo de opressão. Atualmente, muitos dos rastafaris seguem a dieta ital (sem alimentos processados, carnes vermelhas, entre outras restrições), não bebem e defendem o uso da canábis para estabelecer ligação com o mundo espiritual.

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