Um pouco mais de metade da população empregada em Portugal (51,3%) demora menos de 15 minutos no trajeto entre casa e o trabalho. Os dados de um inquérito do INE, sobre a “Organização do trabalho e do tempo de trabalho”, mostram ainda que 30,5% demoram entre 15 a 30 minutos na deslocação até ao emprego, 14,1% gastam entre 30 minutos e uma hora e apenas 3,9% dos trabalhadores gasta mais que uma hora.
Este inquérito, realizado em 2015, abrangeu 4.580 mil pessoas empregadas e analisou a flexibilidade do horário de trabalho, métodos e organização do trabalho e local de trabalho.
Conheça outros resultados:
- Quase 70% da população empregada (66,8%) não tem autonomia para determinar o seu horário de trabalho diário, sendo este determinado pela empresa, clientes ou disposições legais.
- Já 63,1% respondeu que tem autonomia para escolher o tipo e a ordem das tarefas que desempenha. Os trabalhadores jovens, por conta de outrem ou com contrato a termo são os que têm menos liberdade para decidir sobre os tempos de trabalho e políticos, dirigentes e gestores os que têm mais.
- 71,9% trabalham em instalações da entidade empregadora e 66,2% trabalham sempre no mesmo local.
- 62,9% dos inquiridos diz que é “fácil ou muito fácil” ausentar-se do local de trabalho por uma ou duas horas. Mas só 39,9% responde o mesmo quando se trata de tirar um ou dois dias de férias com pouca antecedência.
- Mais de metade dos inquiridos diz que trabalha sob pressão. 55,5% disseram sentir-se pressionadas de forma “grande ou moderada” para tomar decisões ou realizar uma tarefa num prazo que consideravam ser insuficiente. Já 33,8% das pessoas dizem sentir “pouca ou nenhuma pressão” no trabalho.
- Atividades financeiras e de seguros (84,4%), de consultoria, científicas, técnicas e similares (78%) e de informação e de comunicação (76,2%) são os setores com maior pressão de tempo.
- 56,6% das pessoas que responderam a este inquérito não têm contatos profissionais fora horário de trabalho.
- 55,3% registam o seu tempo de trabalho.
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