A promessa do Governo de que não irá aumentar os impostos indiretos no próximo Orçamento do Estado não impediu que fossem anunciados os aumentos nos preços dos combustíveis para 2017.
O jornal Público revelou que o “Governo aprovou um diploma que introduz uma fiscalização trimestral à incorporação de biocombustíveis no gasóleo e na gasolina que trará consequências diretas nos preços finais de venda ao público”.
Quem utiliza o carro no seu dia-a-dia vai começar a repensar a sua vida, uma vez que os preços dos combustíveis prometem aumentos que representam um agravamento “entre 1,5 e 2 cêntimos no preço do gasóleo”, refere António Comprido, Presidente da Associação Portuguesa de Empresas Petrolíferas.
Este aumento dos preços dos combustíveis não está relacionado com o aumento de impostos indiretos, mas sim com a “subida da percentagem de biocombustíveis incorporada”.
Segundo dados da APETRO, em Portugal os biocombustíveis pesam cerca de cinco cêntimos (com IVA) no litro do gasóleo “enquanto em Espanha o peso ronda os três cêntimos”. Neste pressuposto, é no preço do gasóleo que esta medida terá mais impacto.
Esta realidade vai alterar a dinâmica das empresas petrolíferas que têm de “incorporar nos produtos que colocam em mercado 7,5% de biocombustíveis”. A partir de janeiro, esta percentagem sobe para 9% e continuará a subir ano após ano.
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