Já não é novidade que há empresas que eliminam no processo de recrutamento mulheres que estão a pensar engravidar no período de dois anos, mas ontem a notícia avançada chocou vários quadrantes da sociedade, tornando-se o tema da ordem do dia. Segundo avançou ontem a comunicação social, há empresas que obrigam as colaboradoras a assinar declarações em que se comprometem a não engravidarem durante cinco anos. Joaquim Azevedo, líder da comissão encarregue de apresentar um plano para a promoção da natalidade em Portugal, denunciou a situação em declarações à Antena 1. Segundo o próprio, “a situação da baixa natalidade pode mesmo tornar-se insustentável dentro de 50 anos.
O nome das empresas que exercem este tipo de pressão sobre as colaboradoras não foram divulgados, mas, ainda assim, o professor avança que “é preciso criar condições aos empresários para que aqueles pelo menos se vão consciencializando que isto é importante e, sobretudo, para que os outros não coloquem obstáculos de monta, nomeadamente obrigando mulheres a assinar declarações de que não vão engravidar nos próximos cinco ou seis anos e coisas desse tipo, o que acontece em Portugal”.
Segundo os dados estatísticos divulgados, só nos últimos três anos nasceram menos 13 mil bebés, confirmando assim que Portugal é um dos países que tem as taxas de natalidade mais baixas da Europa e que é o sexto país mais envelhecido.
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