Tendo em conta que as férias dizem respeito ao trabalho prestado no ano anterior, a medida de acabar com os 3 dias extra de férias só poderia entrar em vigor em 2013, de forma a não colocar em causa os direitos adquiridos dos trabalhadores.
Recorde-se que no privado, os colaboradores têm direito a 22 dias de férias, mais três dias, no caso de serem assíduos, portanto não terem nenhuma falta no ano anterior. Esta foi uma medida lançada em 2002 pelo então ministro do Trabalho, Bagão Félix, que a considerava vantajosa como medida de combate ao absentismo, continuando a ter a mesma opinião, hoje em dia.
No público não haverá qualquer alteração a nível de férias, já que continuam a variar entre 25 dias e 32 dias, ou até mais. Estes valores baseiam-se na idade, o tempo de trabalho e até a avaliação do trabalhador.
Por outro lado, os funcionários públicos no próximo ano estarão mais sujeitos a mais cortes salariais que o privado.
Esta é uma decisão defendida pelo Ministro da Economia, na medida em que o bónus de 3 dias contribui para enfraquecer a produtividade, numa altura em que “temos que trabalhar mais e melhor.”
Já os sindicatos, consideram monstruosa esta medida, pois estamos mais uma vez a pedir sacrificios aos colaboradores, além de lhes retirar os seus direitos.