Filomena Morais
Filomena Morais
09 Jun, 2016 - 07:25

Açafrão-das-Índias pode diminuir o risco de demência

Filomena Morais

Um estudo realizado na Austrália sugere que a curcuma, ou açafrão-das-índias, pode protelar o aparecimento de demência.
 

Açafrão-das-Índias pode diminuir o risco de demência

Comer um prato com caril por semana pode reduzir o risco de desenvolvimento de demência – é o resultado de um estudo levado a cabo por cientistas da Universidade de Edith Cowan na Austrália. O estudo analisou o impacto que a curcumina – um componente ativo do açafrão-das-índias – tem no cérebro humano.


Pode o caril ser a chave para um cérebro saudável?

A curcumina encontra-se no açafrão-das-índias, que é usado na elaboração do caril, e que é usado em grande parte das receitas indianas.

Os investigadores descobriram que essa substância ativa tem o potencial de melhorar a memória nos adultos, bloqueando as proteinas que destroem os neurónios no cérebro. O estudo abrangeu um grupo de 96 participantes, divididos em dois grupos, com idades compreendidas entre os 40 e os 90 anos. A um dos grupos foi dado um comprimido placebo diariamente, enquanto ao outro foi administrado um comprimido com 1 500 mg de curcumina.

A meio do estudo que teve a duração de 12 meses, os participantes que receberam o placebo começaram a evidenciar um declínio cognitivo quando completavam testes verbais e de memória. Pelo contrário, o grupo a quem foi administrada a curcumina não mostrou qualquer tipo de alterações nas funções cerebrais.

Laura Phipps, investigadora no Alzheimer’s Research do Reino Unido, comentou este estudo afirmando que “é necessário continuar com as investigações nesta área para que possamos dizer, com certeza, que esta substância tem de facto um impacto positivos no combate à demência.” Em declarações ao The Telegraph, acrescentou que estes estudos estão ainda numa fase inicial e que não são conclusivos relativamente aos benefícios da curcumina para a saúde do cérebro.

Até agora, os resultados mostram que são precisas grandes doses dessa substância para que se possam verificar esses efeitos positivos na memória ou na capacidade de raciocínio, doses muito mais elevadas do que as encontradas nas refeições comuns de caril.

A mesma investigadora concluiu que as melhores conclusões científicas para a manutenção da saúde cerebral se relacionam com o não fumar, a manutenção de atividade física e mental, ter uma dieta equilibrada e controlar os níveis de colesterol e de tensão arterial.

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