Share the post "Acesso ao ensino superior em 2023: quase 50 mil alunos entraram"
Foram quase 50 mil os alunos colocados ao longo do concurso nacional de acesso ao ensino superior em 2023. O mesmo ficou concluído com a publicação dos resultados da terceira fase, em que entraram 1.654 estudantes.
Na página da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), é possível consultar os resultados da terceira fase do concurso. E as notícias parecem ser positivas: são 1.654 estudantes colocados dos quais 998 ainda sem matrícula.
Em fases anteriores, entre os 4.757 estudantes candidatos, cerca de metade ainda não tinha conseguido ficar colocado em fases anteriores. Além disto, saiba que 1.892 foram sim colocados anteriormente, mas não se matricularam e 196 concorreram agora pela primeira vez.
Com a conclusão da terceira e última fase, foram 49.996 os alunos que conseguiram colocação numa instituição de ensino superior através do concurso nacional de acesso (que inicialmente tinha fixadas 54.363 vagas).
Concurso nacional de acesso ao ensino superior em 2023
No ano anterior, ingressaram no ensino superior quase 50.300 mil alunos através do mesmo concurso. Por outro lado, o acesso ao ensino superior em 2023 ficou concluído com 49.996 alunos colocados.
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior referiu em comunicado que a maioria dos novos alunos (cerca de 29.876) entrou em universidades, havendo outros 20.120 caloiros que conseguiram um lugar no subsistema politécnico.
Na 1ª fase já tinham sido colocados 49.438 alunos. Seguiu-se a segunda fase com mais 9.190 novos alunos universitários. Vários concorreram a mais do que uma fase, podendo ainda haver alguns casos de estudantes que, apesar de terem conseguido um lugar, não se chegaram a matricular.
As instituições do interior foram as menos procuradas
Terminado o concurso, ficaram por preencher mais de 4 mil vagas. Sendo que a maioria foi em institutos politécnicos e onde foram preenchidos 85.1% das vagas disponíveis.
Por outro lado, nas universidades, foram preenchidas 97.2% das mais de 30 mil vagas.
Ainda assim, saiba que as instituições do interior do país foram as menos procuradas pelos jovens. Aliás, a taxa de ocupação não ultrapassou os 58.6% no Instituto Politécnico de Bragança, seguindo-se os politécnicos de Tomar (com 61.8%), Beja (66,6%) e Guarda (69,5%).
Por conseguinte, existiram 20 universidades e politécnicos que preencheram mais de 90% dos lugares disponíveis. E 9 em que mais de 98% dos lugares foram ocupados, tais como:
- A universidade de Lisboa;
- Universidade de Aveiro;
- Nova de Lisboa;
- Minho;
- Universidade do Porto;
- O ISCTE-IUL;
- O Instituto Politécnico do Porto;
- As escolas superiores de Enfermagem de Coimbra e do Porto.
Como sabemos, o interesse dos alunos varia e, se em áreas como Humanidades e Serviços de Transporte não sobraram qualquer tipo de vagas, noutras áreas de estudo, mais de metade dos lugares ficaram vazios. Falamos de Agricultura, Silvicultura e Pescas ou Serviços de Segurança.
Sobraram 1.875 vagas na terceira fase
Uma das áreas prioritárias devido à falta de professores nas escolas é Ciências da Educação e Formação de Professores. Nestas áreas foram preenchidas cerca de 96.3% das vagas – uma notícia que parece ser bastante positiva.
Já das 1.875 vagas que sobraram da terceira fase, as instituições de ensino superior podem agora utilizá-las para reforçar as vagas que já estão fixadas nos concursos especiais de acesso e ingresso no ensino superior.
Assim, os alunos têm então até segunda-feira, dia 2 de outubro, para fazerem a inscrição na universidade ou politécnico em que foram colocados.
São mais 10 mil os estudantes do ensino superior que pediram bolsa comparativamente com o ano anterior
De facto, os estudantes parecem estar preocupados com as condições com que se deparam atualmente para conseguirem tirar um curso superior. E como sabemos, trabalhar e estudar pode não cobrir todos os custos financeiros com livros, propinas, casa e alimentação.
Em 2023 são mais 10 mil os estudantes do ensino superior que se candidataram a uma bolsa de ação social, logo no final do primeiro mês do novo ano letivo.
Face ao mesmo período do ano anterior, o aumento corresponde a 10 mil pedidos e a verdade é que os estudantes não hesitam em associar este número aos efeitos do custo de vida sentidos pela sociedade em geral.
Todavia, as novas regras que alargam agora o número de alunos que podem vir a ser apoiados pela bolsa, também podem ter um impacto no crescimento do número de pedidos.
Ter um curso superior pode significar um esforço acrescido na vida de muitos estudantes. Contudo, será sempre uma mais-valia perante o mercado de trabalho e para se sentirem mais seguros relativamente ao domínio de uma determinada área.