Ekonomista
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18 Abr, 2017 - 06:20

Adeus, Bariloche!

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Decidi ficar quatro semanas no hostel, devido a toda a energia e boa onda que se sentia.

Adeus, Bariloche!

O gerente, um jovem da minha idade que tinha começado como voluntário há exatamente um ano, era fantástico! Os restantes voluntários eram mochileiros, como eu.

Uns estavam a viajar há um mês, outros há um ano, outros ainda há mais de cinco. As histórias que se ouviam eram imensas, cada qual tinha as suas e esses eram os melhores serões. Entendo agora porque as crianças adoram uma bela história antes de adormecerem.

Num dos dias de chuva vimos um filme, desde que saí de Portugal era raro ver televisão …e como soube bem! Ainda por cima, o filme Capitão Fantástico, encaixava-se no meu estilo de viagem.

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Adorei todos os momentos que Bariloche e o hostel me proporcionaram: a noite em que cheguei, não conhecia ninguém e tive que dormir no bosque; a forma como fui recebido no hostel; tudo o que aprendi na cozinha e a confiança que isso me deu; as condições do hostel, e sei que dificilmente irei encontrar um voluntariado tão bom; toda a natureza de Bariloche (os lagos, as praias desertas, as florestas, conseguir chegar ao topo das montanhas); e claro, sem esquecer todas as boleias que me deram. Porém, sentia que era momento de partir.

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Necessitava da estrada, da incerteza e da magia de viajar sem ter tudo programado. Foi importante também ter ficado estas semanas porque me deixaram vender empadas e granola, pois a minha mochila e a tenda já estão a precisar de uns remendos ou mesmo de serem substituídas. Fazia as empadas vegan de manhã e deixava ao lado um copo para as pessoas poderem deixar o dinheiro.

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Era um sistema à base da confiança, e correu muito bem. Ouve várias histórias bonitas em Bariloche, mas conto-vos uma das últimas. Estava num dos miradouros com outros viajantes, de França, Canadá e alguns israelitas, quando dou por mim começam a falar hebraico comigo. É aquele momento em que fico com uma expressão como um burro a olhar para um palácio!

Um norte-americano juntou-se a nós com mais uns amigos e convidou-nos para irmos até à sua casa, que ficava ao lado de um lago, onde andámos de Kayak e SUP. Como se não fosse suficiente, ainda nos convidou para irmos fazer escalada e um churrasco passado dois dias. O dia foi maravilhoso no meio da natureza a subir e descer diferentes tipos de rochas com um grupo fantástico.

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Despeço-me de Bariloche com uma enorme gratidão. Foi cerca de um mês fantástico. Agora segue-se uma Eco Aldeia no lado Chileno da cordilheira dos Andes, dizem que são estradas quase desertas e que por vezes é difícil andar à boleia, mas não tenho outra alternativa! Acompanhem em Puririy.

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