De acordo com um estudo efectuado pela Faculdade de Psicologia de Lisboa, resultado de dois anos de entrevistas a mais de mil colaboradores em regime temporário, 50% dos colaboradores que têm um contrato de trabalho temporário, não se sentem descontentes com este vinculo contratual.
Obviamente, concluiu-se também que 80% dos inquiridos, preferiam um contrato directo com a empresa, no entanto, assim mesmo, segundo palavras de Maria José Chambel, coordenadora do estudo, ” estes trabalhadores acreditam que o seu esforço virá a ser recompensado por parte da empresa, nomeadamente através da sua contratação, quando existe uma oportunidade mostram mais compromisso com os objectivos da empresa, na realização do seu trabalho”.
Segundo Marcelino Pena e Costa, presidente da Associação Portuguesa das Empresas do Sector Privado de Emprego (APESPE), os resultados surpreendem pela positiva e provam que não existe qualquer diferença de tratamento entre trabalhadores temporários e trabalhadores efectivos.
Da mesma forma, Vitalino Canas, o provedor da Ética Empresarial e do Trabalhador Temporário, defende que o mercado de trabalho já não é o mesmo que há uns bons anos atrás, em que se tinham o mesmo emprego a vida toda. O mercado mudou e o trabalho temporário deverá ser encarado como um bom contributo para a criação de emprego e oportunidades para muitas pessoas terem acesso ao mercado de trabalho e assim adquirirem competências.
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