O afogamento seco ocorre quando os pulmões de uma pessoa perdem a capacidade de extrair oxigénio do ar. Este afogamento pode acontecer a adultos, mas é mais frequente em crianças.
Este problema ocorre quando a pessoa inala água que vai para os pulmões. Podem dar-se espasmos nas cordas vocais, o que causa problemas respiratórios. Isto acontece, geralmente, quando a pessoa já não está na água e as vias respiratórias ficam fechadas, sendo difícil respirar.
O afogamento seco é uma condição rara, representando cerca de 2% dos acidentes relacionados com afogamentos.
De acordo com o Centro para Controlo de Doenças e Prevenção, dos EUA, por cada criança que morre afogada, mais cinco vão para as urgências por problemas não fatais relacionados com submersões. A mesma fonte indica que houve 3602 mortes não intencionais por afogamento, em 2015, e dessas, 636 correspondem a crianças com menos de 14 anos.
Sintomas do afogamento seco
Os sintomas começam a surgir quando a pessoa sai da água, entre uma a 24 horas após ter estado na água.
Esses sintomas incluem tosse constante, dor no peito, dificuldade em respirar, sensação de fadiga extrema e sonolência (devido ao cérebro não estar a receber oxigénio suficiente) e alterações comportamentais, como maior irritabilidade, por exemplo.
O que fazer em caso de afogamento seco
Caso a criança exiba sinais de estar a sofrer de afogamento seco, o recomendável é levá-la de imediato ao médico. Na maioria dos casos, os sintomas são ligeiros e acabam por desaparecer por si.
Caso isto não aconteça, os problemas mais graves que podem surgir são tratáveis caso se procure ajuda médica de imediato (nas urgências e não no pediatra). É importante prestar muita atenção à criança nas 24 horas após esta ter tido problemas relacionados com a água.
Será feito um exame de raio-X ao peito da criança e está ficará em observação, para que se verifique que as vias respiratórias estão limpas e se vigie os níveis de oxigénio.
Medidas preventivas
A prevenção é a melhor medida a tomar em relação ao afogamento seco. As seguintes medidas são importantes:
- Prestar muita atenção à criança quando está perto da água;
- Em praias ou piscinas, só permitir que a criança vá nadar se houver nadadores-salvadores na área;
- Nunca deixar a criança nadar sozinha;
- Inscrever a criança em aulas de natação;
- Nunca baixar a guarda, mesmo que a piscina não seja funda. Os afogamentos secos podem ocorrer em qualquer tipo de águas (em banheiras, pequenas piscinas de plástico, etc.).