No verão, com as temperaturas altas, é mais comum a presença de mosquitos. Esses seres minúsculos não só interrompem as nossas noites de sono como nos picam e podem provocar reações graves, caso tenhamos alergia a insetos.
As reações às picadas destes animais podem ser muito variadas e dependem não só do animal em questão, como também do facto de se ter ou não alergia a insetos.
Se, em alguns casos, a aplicação de alguns cremes e pomadas pode ser suficiente, há situações em que pode ser necessário apoio hospitalar. Portanto, não facilite e fique a perceber o que pode fazer, se tem alergia a insetos e à sua picada.
Saiba como reagir em caso de alergia a insetos
ADN, respiração, odor,… são muitas as teses que tentam explicar o porquê de algumas pessoas serem mais “vítimas” das picadas de inseto do que outras. O que é certo é que a picada de muitos insetos pode provocar reações alérgicas, sobretudo locais.
Os mosquitos, melgas, moscas, pulgas e percevejos podem causar algumas irritações. Há, ainda, os doentes alérgicos ao veneno de himenópteros, abelha e vespa, podendo neste caso haver lugar a reações alérgicas sistémicas, muito graves. Detetar o nível de gravidade da picada é um dos primeiros passos para perceber como se deve proceder.
Reações
De um modo geral, a picada de insetos provoca uma reação local, caraterizada por dor, comichão, vermelhidão e inchaço. Tal, é causado pela injeção dos componentes tóxicos do veneno do animal.
Já nos casos de reação alérgica grave (anafilaxia), os sintomas são vários e apresentam diferentes graus de gravidade, tais como:
- reação cutânea (urticária, angioedema);
- sintomas digestivos (náuseas, vómitos, diarreia, dor abdominal);
- respiratórios (pieira, estridor, falta de ar);
- sintomas cardiovasculares (taquicardia, tonturas, confusão, sensação de desmaio);
- choque anafilático com paragem cardiorrespiratória.
Nota: os doentes com história de reações sistémicas devem ter um estojo de emergência com adrenalina para autoadministração. Além disso, devem ser seguidos num Centro de Imunoalergologia, para avaliação e acompanhamento do seu caso clínico.
Tratamento
Se após a picada de um mosquito ou de outro inseto surgir vermelhidão, prurido intenso e inchaço, deve colocar um pano fresco ou pedra de gelo sobre a pele, de modo a aliviar a comichão e o inchaço. Além disso, pode tomar um anti-histamínico e aplicar um creme calmante.
Os casos mais graves podem necessitar da aplicação de fármacos à base de corticoides com ação anti-inflamatória ou injeção intramuscular, sempre após indicação médica.
Em caso de reação alérgica à picada da abelha ou vespa, deve começar por retirar cuidadosamente o ferrão, raspando com a unha. Depois, lave a zona com água e sabão. Coloque uma compressa fria ou gelo envolto num pano. Em caso de dor, tome um analgésico (paracetamol ou ibuprofeno) e dirija-se ao centro de saúde ou hospital mais próximo.
Cuidados para evitar a picada de insetos
- Suor e odores adocicados de cremes e perfumes atraem os insetos. Portanto, procure evitá-los.
- Não se aproxime de ninhos de vespas e de abelhas.
- Não afaste os insetos bruscamente.
- No verão, evite consumir frutos ao ar livre ou bebidas açucaradas.
- Não ande descalço, nem se deite na relva.
- Evite expor o corpo em zonas onde há mais propensão para insetos.
- Tenha cuidado com os vasos das plantas com flores, lixo, água estagnada e áreas exteriores, onde a comida é servida.
- Evite acampar ou fazer piqueniques perto de lagoas e pântanos, onde os mosquitos e as moscas proliferam.
- Mantenha os alimentos e as bebidas tapadas, quando comer ou beber no exterior.
- Feche as portas e as janelas ou coloque proteções para evitar que os insetos entrem.
- À noite, evite fontes de luz.