Coser, entretelar ou enchumaçar ainda são termos comuns na Invicta. Se acha que a alfaiataria já deu o que tinha a dar, então saiba que está redondamente enganado e, para isso, mostramos-lhe três bons exemplos de alfaiatarias no Porto que, tal como um bom tecido, resistem ao passar do tempo.
Os homens de classe média-alta, tendencialmente mais velhos e com profissões consideradas nobres na sociedade, constituem o perfil de cliente dos alfaiates portugueses, de acordo com um estudo do IPAM – The Marketing School Aveiro de 2014. No estudo “Alfaiataria: Um estilo de vida? Experiências e serviço nas alfaiatarias portuguesas“ refere-se também que a conjuntura económica de crise não afeta o mercado da alfaiataria nacional.
Para chegar a estas conclusões, o IPAM analisou 18 alfaiates de diferentes gerações e tipologias de preço do Porto, Aveiro e Lisboa. A alfaiataria continua a ser uma área onde a tradição ainda se impõe.
Três alfaiatarias no Porto que tem de conhecer
Atelier des Créateurs
José González correu meio mundo e veio parar a Portugal, mais concretamente ao número 95 da Rua José Falcão, local que recebe atualmente uma das mais conceituadas alfaiatarias no Porto. Uma alfaiataria do século XXI onde aos fatos de homem e de senhora se junta também o ambiente de requinte que vai beber as suas raízes arquitetónicas às beaux-arts típicas do início do século passado.
José é espanhol de nascença, francês de vivência, mas convertido às qualidades lusas, desde cedo revelou o dom para a alfaiataria, mais propriamente aos 16 anos, quando começou a exercer a profissão, em Léon. Em 1972, e já depois de aprender com os mestres italianos, deu um dos maiores passos da sua vida, quando criou a marca de fatos Torcello. Roupa feita à mão e que pode rondar entre os 4 e os 6 mil euros.
Alfaiate Ayres
Há um jovem alfaiate português que está a dar que falar um pouco por todo o mundo. Chama-se Ayres Gonçalo tem 31 anos e o seu trabalho é reconhecido em Londres, Nova Iorque e Bruxelas, Brasil. O fascínio de Gonçalo pelo mundo dos tecidos, agulhas e tesouras, e que o levou a abrir uma das mais bem-sucedidas alfaiatarias no Porto, veio do avô, Ayres Carneiro da Silva, famoso alfaiate que durante mais de 70 anos produziu fatos e outras peças.
Hoje em dia, com 82 anos, o Ayres sénior continua a ser uma referência para o neto. Depois de ter passado a sua adolescência como aprendiz, Gonçalo quis partir à descoberta: chegou a Madrid, em 2004, onde teve formação na melhor alfaiataria da cidade, seguindo depois para Londres, conhecida por ser a Meca dos alfaiates, onde trabalhou na conceituada alfaiataria Gieves & Hawkes, da avenida Savile Row.
Foi aqui que ocorreu o episódio mais caricato da sua carreira: a oportunidade de fazer um fato para o príncipe Carlos. Depois de Londres, Gonçalo ainda rumou a Nova Iorque para trabalhar com o famoso alfaiate Michael Andrews e ainda acabou no outro lado do mundo, a dar formação a chineses.
Carlos Sousa Alfaiate
Carlos Sousa dedicou toda a sua vida a uma arte que tem conseguido sobreviver ao longo dos tempos. Desde que se lembra que queria ser alfaiate e começou a concretizar este sonho aos 14 anos. Atualmente é um dos melhores a nível nacional e internacional. Na sua boutique, na Avenida da Boavista, poderá encontrar todos os acessórios necessários para se vestir bem, com a qualidade de uma reconhecida marca italiana.
As alfaiatarias no Porto são um local onde a história e a modernidade e tendências de moda se vão conjugando de forma harmoniosa. Se pretende um resultado final único e à sua medida, esqueça os centros comerciais e visite uma das nossas sugestões.
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