A vila de Almeida é uma das 12 aldeias históricas de Portugal e o seu posicionamento geográfico estratégico fez dela um campo de batalhas e um importante baluarte, muito rico do ponto de vista da arquitetura militar.
A sua origem remonta a 61 a.C., tendo sido ocupada pelos romanos e, depois, pelos bárbaros. Os árabes chamavam-lhe Al-Mêda (a Mesa), Talmeyda ou Almeydan, designação que evoluiu para Almeida.
O seu traçado hexagonal, em estrela, é uma das suas principais características, assim como as suas portas duplas, baluartes e casamatas.
Explore tudo o que este destino tem para oferecer e aproveite para evitar as outras aldeias históricas existentes nas imediações, como Castelo Mendo, Castelo Rodrigo, Trancoso e Marialva.
10 bons motivos para ir a Almeida
Fortaleza
Uma das razões para ir a Almeida é, sem dúvida, porque esta é uma fortaleza única. Em redor da cidades existe uma cinta muralhada, composta por portas, baluartes e revelins que vale a pena visitar e ficar a conhecer.
Procure o Paiol e a Casa da Guarda no revelim de Santa Bárbara, as portas duplas de São Francisco da Cruz, as Portas Duplas de Santo António ou o Revelim Doble / Hospital de Sangue e fique a conhecer os muitos mecanismos de defesa que estes exemplares da arquitetura militar guardam.
Ruínas do Castelo
As ruínas do Castelo de Almeida são Monumento Nacional, dado o seu valor histórico. O edifício foi destruído em 1810, por ocasião das invasões napoleónicas, em que Almeida foi invadida e ficou sob o domínio das tropas francesas.
Junto às ruínas do Castelo, fica a Torre do Relógio, a qual data de 1830. Este é mais um ponto simbólico, pelo qual vale a pena passar e fotografar.
Cemitério antigo
Embora já não seja utilizado, este cemitério conserva um misticismo muito próprio, muito fruto do seu ambiente e jardins românticos.
Ali encontra-se uma campa com um coração de ferro e, à entrada, pode ler-se uma frase inspiradora: “Ó tu quem quer que és Repara como eu estou. Eu já fui como tu és, E tu serás como eu sou”.
Casa da Roda dos Expostos
As Casas da Roda dos Expostos marcaram a história do século XIX e serviam como espaço de acolhimento das crianças expostas, ou seja, abandonadas. Por essa razão, este edifício é também emblemático e pleno de significado, por refletir uma realidade muito marcada no tempo.
Esta casa data de 1843 e ainda é visível o mecanismo giratório, por detrás de uma porta pequena, que servia para colocar os bebés e, assim, entregá-los à boa vontade e à caridade, sem que fosse visto o rosto de quem deixava, nem de quem acolhia o exposto.
Casamatas/Museu Histórico Militar
As casamatas eram abrigos de guerra, que serviam para proteger e esconder a população, durante um ataque ou invasão e por ali encontram-se túneis, poços e minas de água.
Estes abrigos também já funcionaram como prisão e, atualmente, acolhem o Museu Histórico-Militar de Almeida.
O Museu Histórico-Militar de Almeida é composto por 20 salas, onde se fala, sobretudo, sobre os confrontos militares que ocorreram em Almeida. O núcleo é bastante interativo e tem váriosm recursos multimédia.
Além disso, não faltam informações e objetos sobre as Guerras Peninsulares, as invasões francesas e o Cerco de Almeida, entre outros confrontos.
Igrejas
A Igreja Matriz trata-se de uma antiga capela, dedicada a Nossa Senhora de Loreto, embora atualmente esteja associada a Nossa Senhora das Candeias.
Outro templo ali existente é a Igreja da Misericórdia, um edifício datado do século XVII, anexo ao antigo Hospital da Misericórdia, mas que só abre ao público em ocasiões especiais.
Paços do Concelho
Esta é uma das zonas mais centrais, onde funcionam os principais serviços da autarquia. O edifício dos antigos Paços do Concelho exibe na fachada o Brasão de Armas, com representações militares como os canhões, bolas de canhão e o tambor de guerra.
Picadeiro d’El Rey
Para quem gosta de animais, nomeadamente cavalos, pode encontrar em Almeida um campo de terra batida (picadeiro), onde treinam os cavalos.
Aí perto, existe um edifício, junto ao baluarte de Santa Joana, que guarda os cavalos nas cavalariças e exibe no seu portal as Armas Reais. Neste picadeiro, funciona também o Centro de BTT.
Praça Alta e Túmulo de Beresford
No Baluarte de Santa Bárbara (datado do século XVII e com 23 canhoeiras), fica a Praça Alta, o ponto mais alto de toda a fortaleza. Este ponto permitia ter uma vista panorâmica e controlar alguma aproximação inimiga.
Aí encontra-se, também, uma plataforma para tiro de morteiro e uma placa de pedra, onde se encontra o túmulo de John Beresford, oficial britânico que liderou o exército português e que morreu em 1812, nas invasões francesas.
CEAMA
Para os verdadeiramente interessados em história militar, Almeida tem o CEAMA – Centro de Estudos de Arquitetura Militar. Ali pode encontrar livros e informação sobre a fortaleza e ainda ficar a conhecer os locais onde o Corpo de Guarda ficava e onde ainda há vestígios de lareiras de pedras e latrinas.