Amamentação e menstruação ainda são assuntos tabu para algumas mulheres. O aleitamento materno estimula as hormonas sexuais femininas – nomeadamente a prolactina. Durante a fase da amamentação, esta hormona aumenta a sua concentração para produzir mais leite e bloquear a ovulação. Como consequência, o ciclo menstrual torna-se irregular.
É de notar que a reação do corpo ao período de lactação é diferente em cada mulher. Algumas mulheres menstruam dentro de algumas semanas, outras podem passar meses sem menstruar – situação esta que também depende do número de vezes que dá de mamar ao bebé.
Assim sendo, e no que toca à amamentação e menstruação, se a mulher estiver a amamentar nos primeiros seis meses de vida do bebé, e estiver, ao mesmo tempo, a tomar a pílula de amamentação, a menstruação deverá voltar cerca de 7 ou 8 meses após o parto.
É normal, contudo, que com o uso desta pílula haja pequenos sangramentos durante o mês, equivalentes a uma menstruação. Porém, isto não significa que a mulher corre o risco de engravidar.
Amamentação e menstruação: todas as respostas
É um grande erro acreditar que não é possível engravidar durante a amamentação. Para grande parte das mulheres, os níveis de fertilidade reduzem enquanto amamenta, mas não são inexistentes.
Não há regra para entender quando se deve fazer um teste de gravidez, mas se tem alguma dúvida é melhor fazê-lo.
A amamentação só atua como método anticoncecional se o bebé estiver em aleitamento materno exclusivo – sem ingerir nenhum outro tipo de alimento. Isto porque quando o bebé mama várias vezes ao dia e com muita intensidade de sucção, o organismo da mulher bloqueia a ovulação e, portanto, pode não entrar no período fértil.
Contudo, existem mulheres que conseguiram engravidar mesmo assim e, por isso, os médicos não indicam a amamentação como método anticoncecional.
Amamentação e menstruação: qual a pílula que pode tomar?
Toda a medicação, inclusivamente, a anticoncecional deve ser tomada apenas quando prescrita pelo seu médico.
A pílula anticoncecional mais indicada para o período da amamentação é a que possui (apenas) a progesterona, como a Cerazette, uma pílula anticoncecional de uso contínuo.
A pílula de amamentação inibe a ovulação, evitando que os óvulos se formem.
Como qualquer outro anticoncecional, na amamentação as pílulas ou injetáveis podem trazer efeitos colaterais, nomeadamente sonolência, aumento da sensibilidade mamária, aumento de peso e também perdas de sangue ocasionais. Aliás, estas perdas são o sintoma mais comum de qualquer pílula à base de progesterona. No caso de ser persistente, deve consultar o seu médico sobre a possibilidade de rever a medicação para o seu caso clínico.
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