Anish Kapoor (1954) nasceu em Bombaím, na Índia, mas naturalizou-se britânico. Reside em Londres desde 1972. A sua obra é uma das mais conceituadas do mundo e, em geral, caracterizada pela monumentalidade da sua escala, pela exploração das dicotomias – vazio-cheio; corpo-espírito; vida-morte -, e, diríamos, pela manipulação das materiais com que trabalha.
A par de Lee Ufan, Jeff Koons, Xavier Veilhan, Takashi Murakami, Bernar Venet, Giuseppe Penone, da ‘nossa’ Joana Vasconcelos (a única artista feminina desta longa lista) e de um conjunto de outros artistas, expôs, em 2015, no Palácio de Versailles (França), algumas das suas obras mais emblemáticas e, provavelmente, as mais polémicas – por parecerem possuir uma forte conotação sexual.
Representou a Grâ-Bretanha na Bienal de Veneza, em 1990; recebeu o Prémio Turner em 1991 – um dos mais importantes prémios da Arte Britânica – e, em 2002, recebeu a Unilever Commission para expor na Turbine Hall da Tate Modern (Londres). É Sir Anish Kapoor desde 2013, honra que lhe foi atribuída pelo trabalhado desenvolvido no domínio das Artes Visuais ao serviço da Grã-Bretanha.
As obras mais emblemáticas de Anish Kapoor
1. “Cloud Gate” (2004)
2. “Descension” (2014)
3. “Nuit Blanche” (2016)
4. “C-Curve” (2007)
5. “Dirty Corner” (2015) – Palácio de Versailles
Esta obra – instalada nos jardins do Palácio, tem a forma de uma trompa e uns meros 60 metros de comprimento – gerou muita polémica no âmbito da exposição que Kapoor realizou em Versailles. A obra, denominada pela comunicação social como “a vagina da Rainha” – numa clara alusão a Maria Antonieta, que residiu no Palácio de Versailles – foi vandalizada por inúmeras vezes, grafitada com comentários anti-semitas.
Para evitar a propagação de comentários racistas, um tribunal francês ordenou o artista a apagar os tais comentários. Anish Kapoor, contra a sua vontade, acabou por fazê-lo, mas de uma forma muto peculiar. Tapou os graffiti com folha de ouro numa alusão à técnica japonesa conhecida por kintsukuro, técnica esta utilizada quando se partiam objetos de cerâmica. Assumia-se assim as falhas e as imperfeições do objeto como parte da sua história.
6. “Memory” (2008)
7. “Non Object (Spire)” (2007)
8. Svayambh (2007)
9. Marsyas (2002-2007)
10. Sky Mirror (2006)
Peça instalada no Rockfeller Center, em Nova Iorque. Para além da sua espectacularidade, aproxima o céu da terra. Esta noção de portal para outra realidade parece ser importante na obra do artista.
As obras mais caras de Anish Kapoor
A par de Damien Hirst, David Hockney, Antony Gormley, Tracey Emin, Anish Kapoor é um dos artistas britânicos com a obra mais cotada no mercado. As suas obras mais caras são as seguintes:
“Untitled”(2003)
Vendida, em 2008, pela leiloeira Sotheby’s, por aproximadamente 3 milhões de euros.
Turning the World Upside Down #4 (1998)
Vendida, em 2009, pela leiloeira Sotheby’s, por aproximadamente 1 milhão e 800 mil euros.
“Untitled” (2012)
Vendida, em 2014, pela leiloeira Sotheby’s, por aproximadamente 1 milhão e 250 mil euros.
“Num 1” (1997)
Vendida, em 2007, pela leiloeira Christie’s, por aproximadamente 1 milhão e 100 mil euros.
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