As grávidas devem ser informadas sobre os meios complementares de diagnóstico aos quais podem recorrer, quais os fármacos que podem ou não ser prescritos, e quais os tratamentos que devem ser evitados, de forma a não causar danos a si e ao bebé. Todavia, há tratamentos cruciais que não devem ser protelados para garantir a saúde da grávida e do feto e alguns requerem a toma de antibiótico na gravidez.
Os antibióticos devem ser usados de forma responsável
Os antibióticos são fármacos utilizados para o tratamento de infeções bacterianas. Quando usados de forma incorreta podem causar mais danos do que benefícios. É importante garantir a seleção do antibiótico correto, a prescrição apenas em situações diagnosticadas como infeções bacterianas e a administração na dose correta em intervalos adequados.
A toma de antibióticos deve ser feita apenas quando há prescrição médica e seguindo algumas regras fundamentais:
- as doses e os intervalos entre as tomas devem ser respeitados;
- o tratamento deve ser efetuado de forma completa, mesmo quando já se observem melhorias;
- nunca se deve usar o antibiótico que sobrou de uma prescrição anterior;
- ter em atenção e pôr em prática medidas de higiene imprescindíveis (lavagem das mãos) para evitar o aparecimento de resistências bacterianas;
- informar sempre o profissional de saúde sobre eventuais alergias e sobre toda a medicação que já está a fazer;
- nunca tomar antibiótico na gravidez sem indicação médica, pois este pode passar para o feto e provocar danos.
Antibiótico na gravidez: sim ou não?
O uso de antibióticos durante a gravidez é muito mais comum do que aquilo que a maioria das pessoas pensa, até porque o tratamento das infeções é crítico durante este período, de forma a garantir a saúde da mãe e do feto.
É sabido que grande parte dos antibióticos consegue atravessar a barreira placentária e assim, tem potencial para afetar o feto. No entanto, os antibióticos mais antigos como a penicilina e derivados têm mostrado ser seguros durante a gravidez.
Mais ainda, a prescrição de antibiótico na gravidez justifica-se quando o médico entente que os benefícios são maiores do que os riscos. Cabe ao seu médico decidir qual o antibiótico mais adequado, tendo em conta o número de semanas de gestação. Não tomar antibiótico na gravidez, prescrito pelo médico, pode ser muito mais prejudicial do que a sua toma. Ter uma infeção não tratada durante a gravidez pode acarretar complicações como parto prematuro, baixo peso do bebé à nascença, ou até morte perinatal.
Assim, idealmente o tratamento não medicamentoso deve ser preferido sempre que possível, no entanto, nem sempre é possível e o recurso a antibiótico na gravidez mostra-se necessário. Ao optar-se pelo tratamento farmacológico na gravidez deve-se:
- quando possível, deferir o seu uso para depois do 1º trimestre;
- usar a mais baixa dose eficaz e durante o mais curto lapso de tempo possível;
- evitar o uso de medicamentos novos, a menos que o seu perfil de segurança seja bem conhecido.
Em suma
Idealmente os antibióticos não deveriam ser tomados durante a gravidez, no entanto, há várias situações em que a sua toma é verdadeiramente indispensável para garantir a saúde da grávida e do feto. A prescrição de antibiótico na gravidez é sempre muito bem ponderada pelo médico que recomenda apenas os fármacos que podem ser tomados com segurança.