Ekonomista
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10 Ago, 2023 - 22:00

Antibiótico na gravidez: sim ou não?

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Tomar antibiótico na gravidez é aconselhado? Esta é uma questão que preocupa as futuras mães. Será uma prática segura?

As grávidas devem ser informadas sobre os meios complementares de diagnóstico aos quais podem recorrer, quais os fármacos que podem ou não ser prescritos, e quais os tratamentos que devem ser evitados, de forma a não causar danos a si e ao bebé. Todavia, há tratamentos cruciais que não devem ser protelados para garantir a saúde da grávida e do feto e alguns requerem a toma de antibiótico na gravidez.

Os antibióticos devem ser usados de forma responsável

Os antibióticos são fármacos utilizados para o tratamento de infeções bacterianas. Quando usados de forma incorreta podem causar mais danos do que benefícios. É importante garantir a seleção do antibiótico correto, a prescrição apenas em situações diagnosticadas como infeções bacterianas e a administração na dose correta em intervalos adequados.

A toma de antibióticos deve ser feita apenas quando há prescrição médica e seguindo algumas regras fundamentais:

  • as doses e os intervalos entre as tomas devem ser respeitados;
  • o tratamento deve ser efetuado de forma completa, mesmo quando já se observem melhorias;
  • nunca se deve usar o antibiótico que sobrou de uma prescrição anterior;
  • ter em atenção e pôr em prática medidas de higiene imprescindíveis (lavagem das mãos) para evitar o aparecimento de resistências bacterianas;
  • informar sempre o profissional de saúde sobre eventuais alergias e sobre toda a medicação que já está a fazer;
  • nunca tomar antibiótico na gravidez sem indicação médica, pois este pode passar para o feto e provocar danos.

Antibiótico na gravidez: sim ou não?

O uso de antibióticos durante a gravidez é muito mais comum do que aquilo que a maioria das pessoas pensa, até porque o tratamento das infeções é crítico durante este período, de forma a garantir a saúde da mãe e do feto.

É sabido que grande parte dos antibióticos consegue atravessar a barreira placentária e assim, tem potencial para afetar o feto. No entanto, os antibióticos mais antigos como a penicilina e derivados têm mostrado ser seguros durante a gravidez.

Mais ainda, a prescrição de antibiótico na gravidez justifica-se quando o médico entente que os benefícios são maiores do que os riscos. Cabe ao seu médico decidir qual o antibiótico mais adequado, tendo em conta o número de semanas de gestação. Não tomar antibiótico na gravidez, prescrito pelo médico, pode ser muito mais prejudicial do que a sua toma. Ter uma infeção não tratada durante a gravidez pode acarretar complicações como parto prematuro, baixo peso do bebé à nascença, ou até morte perinatal.

Assim, idealmente o tratamento não medicamentoso deve ser preferido sempre que possível, no entanto, nem sempre é possível e o recurso a antibiótico na gravidez mostra-se necessário. Ao optar-se pelo tratamento farmacológico na gravidez deve-se:

  • quando possível, deferir o seu uso para depois do 1º trimestre;
  • usar a mais baixa dose eficaz e durante o mais curto lapso de tempo possível;
  • evitar o uso de medicamentos novos, a menos que o seu perfil de segurança seja bem conhecido.

Em suma

Idealmente os antibióticos não deveriam ser tomados durante a gravidez, no entanto, há várias situações em que a sua toma é verdadeiramente indispensável para garantir a saúde da grávida e do feto. A prescrição de antibiótico na gravidez é sempre muito bem ponderada pelo médico que recomenda apenas os fármacos que podem ser tomados com segurança.

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