Antipirético é um fármaco utilizado para reduzir a temperatura corporal elevada. O antipirético não vai combater a ocorrência da febre, apenas estabiliza a temperatura fisiológica.
Existem inúmeras moléculas que possuem efeitos antipiréticos, entre elas o paracetamol, os anti-inflamatórios não-esteróides como o ibuprofeno, e outras moléculas igualmente dotadas de propriedades analgésicas.
Sobre a febre
A febre é um sinal de manifestação de doença e um dos motivos mais frequentes de consulta urgente. Assim, sempre que possível, a origem da febre deve ser identificada e tratada.
A febre desempenha um papel significativo como mecanismo de defesa contra a infecção. A subida da temperatura é uma forma de o organismo se defender contra as infecções, pois pode anular os microorganismos causadores da infeção, que são frágeis às alterações de temperatura.
Vários processos envolvidos no combate à infecção por parte do nosso organismo têm maior actividade a uma temperatura acima da normal.
A febre define-se como um aumento da temperatura corporal acima da normal variação diurna: geralmente varia entre os 36 -37°C de manhã até perto de 38°C à tarde (temperatura rectal).
As temperaturas retais reflectem mais rigorosamente a temperatura interna. No entanto, esta avaliação é incomodativa. A temperatura axilar, de mais confortável avaliação na criança, é habitualmente 1°C mais baixa que a correspondente rectal.
Antipirético no combate à febre
- O paracetamol é, provavelmente, o antipirético mais eficaz e seguro. A dose recomendada é de 10-15mg/kg/dose, de 6 em 6 horas. A dose deve ser baseada no peso e não na idade. As formas de apresentação são: xarope, supositórios e comprimidos. O paracetamol tem a vantagem de agir rapidamente e apresentar poucos efeitos adversos. Em fortes dosagens é tóxico para o fígado;
- O ibuprofeno (oral) é uma alternativa eficaz ao paracetamol. A dose recomendada de é de 5 a 10mg/kg/dose, de 8 em 8 horas;
- O ácido acetilsalicílico, embora eficaz, está contra-indicado para uso como antipirético em pediatria, devido à possível ligação entre a sua utilização e a síndrome de Reye.
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