Ekonomista
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15 Jan, 2025 - 10:30

Ao volante, o telemóvel pode esperar: priorize a segurança rodoviária

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Campanha ‘Ao volante, o telemóvel pode esperar’ alerta para os riscos da distração na condução e promove comportamentos seguros nas estradas.

Conduzir exige atenção máxima. Mesmo um segundo de distração pode ter consequências graves, e o uso do telemóvel ao volante é uma das principais causas de acidentes em Portugal.

Por isso, a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), em parceria com a Guarda Nacional Republicana (GNR) e a Polícia de Segurança Pública (PSP), lançou a campanha “Ao volante, o telemóvel pode esperar”, entre os dias 14 e 20 de janeiro de 2025.

A importância desta campanha

Quando olhamos para o telemóvel enquanto conduzimos a 50 km/h, percorremos o equivalente a 42 metros de olhos fechados – uma distância semelhante a uma fila de 10 carros. Essa distração aumenta em quatro vezes a probabilidade de um acidente, superando até o risco associado a uma taxa de álcool no sangue de 0,8 g/l.

O manuseamento de dispositivos eletrónicos prejudica a capacidade de reconhecer perigos a tempo, compromete a atenção à sinalização rodoviária e interfere no respeito pelas regras de cedência de passagem, especialmente em relação aos peões.

Ações previstas da campanha

Esta iniciativa integra atividades de sensibilização e fiscalização por todo o país, com destaque para as operações em locais de elevado fluxo rodoviário. Estas são algumas das datas e locais onde as ações irão acontecer:

  • 14 de janeiro: Rotunda de acesso ao Mosteiro da Batalha, EN356, às 09h00.
  • 15 de janeiro: Rua Paulo VI, Leiria, às 09h00.
  • 16 de janeiro: Avenida do Cávado, Braga, às 13h00.
  • 20 de janeiro: Avenida 10 de junho, Seixal, às 07h30.

Estratégias para evitar distrações ao volante

Usar o telemóvel enquanto conduz é um risco que pode ser facilmente evitado com algumas práticas simples e eficazes. Se for indispensável manter-se contactável, aqui estão algumas soluções para garantir uma condução mais segura:

  1. Ative o modo “não incomodar” ou silencie o dispositivo antes de iniciar a viagem. Assim, evita distrações desnecessárias com notificações ou chamadas.
  2. Planeie as comunicações com antecedência, organizando as chamadas ou mensagens importantes antes de arrancar. Isso reduz a necessidade de usar o telemóvel em movimento.
  3. Recorra a kits mãos-livres, mas com moderação. Mesmo com estas ferramentas, a sua atenção pode ser desviada. O foco deve estar sempre na estrada.
  4. Dê prioridade à segurança. Se surgir algo urgente, encoste o carro num local seguro antes de atender ou utilizar o telemóvel.

O impacto das campanhas de sensibilização

Esta é apenas a primeira de 11 campanhas previstas no Plano Nacional de Fiscalização de 2025, que aborda também outros temas críticos como velocidade, álcool e uso de acessórios de segurança. Desde 2020, estas iniciativas têm contribuído para reduzir a sinistralidade rodoviária e promover uma condução mais consciente.

A mensagem é clara: ao volante, o telemóvel pode esperar. Cada decisão que tomamos ao conduzir pode salvar vidas – a nossa e a dos outros. Adotar comportamentos seguros é um compromisso que todos devemos assumir. Lembre-se: uma mensagem pode esperar, a sua vida não.

Durante as operações das Forças de Segurança no âmbito desta campanha, realizadas entre os dias 14 e 20 de janeiro, foram fiscalizados em controlo de velocidade por radar 4,8 milhões de veículos, 4,3 milhões dos quais pelo SINCRO – Sistema Nacional de Controlo de Velocidade, da responsabilidade da ANSR.

Em termos de fiscalização presencial, as Forças de Segurança procederam à fiscalização de 70,9 mil veículos.

Do total de 4,9 milhões de veículos fiscalizados durante a campanha, registaram-se 28,0 mil infrações.

Das 954 infrações relativas ao uso indevido do telemóvel durante a condução, 937 registaram-se no Continente e 17 nas Regiões Autónomas, tendo sido 707 detetadas pela GNR e 247 pela PSP. Nesta campanha, registou-se um total de 2.560 acidentes, de que resultaram nove vítimas mortais, 34 feridos graves e 715 feridos leves.

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