Antes de optar por investir o dinheiro amealhado, convém ter em mente que só deverá aplicar um montante que sabe de antemão que não irá precisar. Depois vêm as opções estratégicas.
Claro está que investir em aplicações sem risco é a solução mais apetecível, mas há que ponderar quatro factores essenciais:
- qual o capital que está disposto a investir;
- o prazo da aplicação;
- o risco que está disposto a correr;
- os ganhos esperados.
A DECO/Proteste dá-lhe algumas dicas que poderão ajudar a investir as aplicações a dois e por prazos de entre dois a cinco ou mais anos. Para tal recorreu a alguns cenários prováveis para planear as suas economias ao cêntimo.
Estratégia para ganhar (algum) dinheiro
Se a opção é investir por menos de dois anos, não arrisque e opte por uma solução de capital garantido. Evite planos de poupança-reforma, seguros de capitalização, instrumentos de captação de aforro estruturados, fundos de acções e de obrigações de taxa variável.
Os depósitos a prazo, os certificados de aforro e contas poupança reformado podem ser a solução. Se a sua ideia é mesmo ganhar algum dinheiro e arriscar o pouco que seja, o boletim Proteste Poupança dá algumas dicas.
Para quem pretenda investir o seu pé-de-meia de dois a cinco anos tudo dependerá do risco que está disposto a correr. Os fundos imobiliários a partir de dois anos continuam a ser, neste momento, uma boa opção de investimento já que têm apresentado baixo risco e rendimentos superiores aos dos depósitos. O único inconveniente é que alguns têm custos elevados.
Se o risco não for mesmo o seu forte mas ainda assim quer aplicar algum capital poderá fazê-lo com os seguros de capitalização com capital e rendimento fixos. Quem não tem tempo para ‘monitorizar’ os investimentos poderá transferir a responsabilidade para um fundo misto, ideal para pequenos subscritores com vontade de diversificar. Para os subscrever necessita de uma quantia mínima de 500 €.
Os fundos mistos apresentam-se como acções ou fundos de investimento com pouco risco, mas têm um potencial de valorização maior que as aplicações tradicionais, como os depósitos a prazo ou certificados de aforro. Deverá apostar de uma forma defensiva, proporcionalmente menos em acções do que em obrigações, depósitos e outros produtos com menos risco, alerta a Proteste Poupança.
Caso a sua ideia seja mesmo seguir o rumo da aplicação pode apostar directamente em fundos de acções e/ou obrigações. Nos investidores com algum dinheiro no bolso para investir por mais de cinco anos, o cenário muda de figura. Se lhe agradar o risco deverá apostar em acções ou fundos de acções, caso contrário fique com alguns seguros de capitalização com capital garantido já que são mais rentáveis a médio ou longo prazo. Entre os 40 e 50 anos não é má ideia pensar em subscrever um plano de poupança-reforma (PPR) sob a forma de fundo e com alguma aposta em acções.
Nas aplicações com risco pense, por exemplo, em apostar uma pequena parte do seu capital em fundos de mercados emergentes. Com mais de 20 mil euros para aplicar considere as acções, mas deverá ter conhecimentos prévios sobre mercados financeiros, escolher os títulos com muito cuidado e mantê-los em carteira durante vários anos. Tente ainda diversificar.
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