Share the post "Apple fez 48 anos: relembre os produtos icónicos e as polémicas"
A Apple fez 48 anos no dia 1 de Abril, data em que oficialmente os três sócios fundadores da empresa assinaram os documentos que formalizaram a criação da Apple Computer Company e criaram uma das maiores potências tecnológicas da História.
Steve Jobs, Steve Wozniak e Ronald Wayn foram os três jovens que iniciaram um pequeno negócio de computadores na garagem dos pais de Steve, em Los Altos, Califórnia.
Ronald Wayn saiu nos primeiros dias, nunca imaginando que, quase meia década depois, esta pequena empresa estaria avaliada em cerca de 3 triliões de dólares e que iria revolucionar para sempre o mundo da tecnologia.
Apple fez 48 anos e mudou a nossa vida
Tudo começou com o Apple-1 (1976): uma “simples” placa com chips
O primeiro computador da empresa da maçã, não era um computador propriamente dito. Era uma placa, vendida sem monitor, sem fonte de energia e sem teclado. Mas esta placa era inovadora. Ao contrário dos computadores da época, podia ser facilmente ligada a um monitor ou televisor convencional.
Pela primeira vez, não era preciso ser grande especialista ou fazer grandes modificações e adaptações para que o “computador” funcionasse.
O Macintosh 128K (1984): o avô dos computadores desktop da maçã
Os 128 KB de memória que este computador oferecia deram-lhe o nome. Esta máquina já incluía um ecrã, a preto e branco, e uma drive de disquete de armazenamento.
O teclado e o rato, de um só botão, também eram fornecidos. O seu lançamento foi um presságio para uma verdadeira revolução na computação pessoal, dentro e fora das empresas.
A LaserWriter (1985): a edição gráfica ganhou asas
Esta foi uma das primeiras impressoras a laser de pequeno tamanho, lançada pouco depois do Macintosh 128K.
Aliado ao software WYSIWYG como o Adobe PageMaker, esta impressora foi crucial para popularizar o trabalho de edição gráfica.
O iMac G3 (1998): a maçã ganhou estatuto de gadjet da moda
O design moderno e revolucionário destes computadores desktop marcou o regresso de Steve Jobs à empresa em 1997, depois de ter sido afastado em 1985.
As cores vivas e a sua proposta minimalista que punha de parte as disquetes e popularizou o padrão USB, marcou para sempre a personalidade da nova Apple. Uma empresa que não se inibia em abandonar tecnologias mais antigas em favor de novas opções.
A Apple passou a apostar fortemente na estética e no design diferenciado.
O iBook (1999): o primeiro laptop focado no consumidor individual
Um dos antecessores dos acuais MacBook portáteis, partilhava a mesma estética inovadora do iMac G3. Este antecessor incluía uma novidade interessante para a época: uma AirPort.
Este sistema de rede sem fios permitia ligar até 10 iBooks a uma única estação base. Por sua vez, esta poderia estar ligada a uma rede Ethernet ou a uma linha telefónica. O trabalho em rede e em permanente conexão tinha vindo para ficar.
O iPod (2001): ouvir música nunca mais foi a mesma coisa
O primeiro iPod armazenava até 1000 músicas e dominou rapidamente todos os dispositivos de MP3 existentes no mercado.
O seu grande ecrã e interface amigável abriu as portas à era dos smartphones sem teclas. Estes dispositivos vieram revolucionar para sempre o acesso à internet móvel.
O iPhone (2007): e nasceu uma nova forma de vida
O iPhone era parecido com um iPod, mas era muito mais do que um “tocador” de músicas. Era um telemóvel e tinha um ecrã de 3.5 polegadas sensível ao toque.
Um verdadeiro passo de ficção científica, numa altura em que os smartphone estavam cheios de teclas e letras pequenas. Este lançamento alterou por completo e para sempre a face dos telemóveis.
A Siri (2011): a primeira assistente pessoal virtual
A primeira assistente pessoal virtual surgiu depois de décadas de pesquisas de SRI em inteligência artificial.
Foi comprada pela Apple e lançada com o iPhone 4S. A Siri trouxe para o uso comum as experiências com IA dos anos passados. Um passo de gigante a caminho da IoT (internet das coisas).
O Apple Watch (2015): o wearable mais desejável
Quando foi lançado, já outros dispositivos do género existiam no mercado. Ainda assim, cativou os seus utilizadores pelo look e pelas funcionalidades.
Oferecia recursos orientados para o fitness, mas também a capacidade de fazer pagamentos wireless, falar e enviar mensagens de texto.
Os AirPods (2016): adeus aos auscultadores com fios
Embora com limitações e algumas ineficiências, os auscultadores sem fios da Apple também fizeram história ao prometer liberdade de uso.
Tornaram-se rapidamente um dos acessórios mais famosos e emblemáticos da empresa.
Curiosidades sobre a Apple que talvez não soubesse…
Sabia que o logotipo da Apple, a sua famosa maçã, foi criado com uma “mordida” para evitar que fosse confundida com uma cereja?
Ou que a primeira impressora da marca, a icónica Apple Silentype, foi criada para ser utilizada em casas de strip-tease? A sua função primordial era imprimir as letras eróticas nos cartazes locais.
E há mais: todo o código-fonte do sistema operacional do primeiro Macintosh foi escrito por uma pessoa: Andy Hertzfeld foi o homem que fez tudo acontecer.
A Apple alcançou um marco histórico em 2023: a primeira empresa, entre privadas e públicas, a ser avaliadas em 3 triliões de dólares.
Relembre 5 polêmicas em que o nome da Apple esteve envolvido
A Apple, não haja dúvidas, é uma das maiores empresas tecnológicas do mundo, mas nem o seu grande nome impediu que enfrentasse polêmicas constrangedoras ao longo da sua história. Relembre algumas.
- Condições de trabalho nas suas fábricas da China: foi em 2010 que a gigante da maçã mais famosa do mundo enfrentou críticas pesadas pelas condições de trabalho extremamente precárias vividas nas fábricas dos seus fornecedores da China. O escândalo foi divulgado pela imprensa internacional e obrigou a Apple a estabelecer mudanças importantes relacionadas com as suas práticas de fornecimento.
- Escândalo de evasão fiscal: em 2016 a Apple foi formalmente acusada de evasão fiscal em diversos países da União Europeia e Estados Unidos. Na altura, a Comissão Europeia determinou que a empresa pagasse 13 biliões de euros em impostos não pagos. O facto foi contestado pela própria Apple e, até, pelo governo irlandês.
- Recusa em ajudar as autoridades: também em 2016, a empresa recusou ajuda ao FBI para desbloquear o iPhone de um terrorista em investigação pela participação no ataque de San Bernardino. A Apple alegou as suas “preocupações com a privacidade dos utilizadores”. Na altura, o escândalo policial gerou um polémico debate sobre a temática da segurança de dados e a responsabilidade das empresas tecnológicas na investigação de crimes.
- Prática de monopólio e anticompetitivas: ao longo da sua história, a marca já teve de enfrentar muitas acusações pelas suas práticas anticompetitivas, relacionadas com App Store e outras das suas áreas de negócios. Em 2020, a Apple chegou mesmo a ser processada pela empresa Epic Games, que contestou as suas políticas de cobrança de comissão loja virtual de apps.
- Privacidade de dados: ainda que seja habitualmente elogiada pelas suas boas políticas de privacidade de dados, a empresa já foi duramente criticada em determinadas situações. Em causa esteve a permissão para que aplicações de terceiros pudessem coletar dados de utilizadores sem consentimento.