Lançado em 2001, o iTunes veio revolucionar a forma como se ouvia música. Para além de oferecer uma série de funcionalidades novas, permitia a sincronização com o iPod de uma forma que nunca se julgara possível. Mas este serviço pode estar prestes a ser descontinuado e substituído por novas soluções.
iTunes: uma plataforma revolucionária
Fonte da Imagem: Apple/Divulgação
São vários os rumores que têm surgido em volta da Apple, mais propriamente do iTunes. Tudo indica que a empresa vai acabar com um dos serviços que mais alterou a forma como (desde sempre) se ouve música, tornando-se numa plataforma que, ao longo dos anos, foi oferecendo cada vez mais funcionalidades.
Este sistema foi, desde o início, visto como o futuro, não só da música, como também da própria tecnologia. Um serviço exclusivo que permitia ainda emparelhar dispositivos da marca Apple e geri-los de uma forma simplificada e distinta de todas as outras.
Com o tempo, o iTunes deixou de ser um software para ouvir música e cresceu com novas funções. Para além de permitir a sincronização de qualquer dispositivo Apple (inicialmente só permitia o iPod), oferecia a possibilidade da gestão do próprio aparelho, o acesso a conteúdo multimédia (como fotos e vídeos) ou a hipótese de atualizar qualquer dispositivo.
Entre elas, estão hipóteses fundamentais no que toca à resolução de problemas do iPhone, para além de permitir ainda a formatação do dispositivo em caso de troca de aparelho ou até mesmo de venda do mesmo.
O iTunes cresceu e deu lugar a novos conteúdos, permitindo que gerisse também vídeos, séries ou filmes. No fundo, esta era (e é) uma plataforma que funcionava quase como uma biblioteca online, a partir da qual podia também gerir outros dispositivos.
O wireless, a Internet e os dispositivos móveis
A verdade é que o avanço tecnológico, e a possibilidade de concretizar qualquer ação sem recorrer a fios, fez com que o iTunes começasse a deixar de ser utilizado para sincronizar ou atualizar dispositivos Apple (como o iPhone, iPad ou iPod).
Tudo começou a ser feito por wireless, até mesmo a transferência de músicas entre um computador e um dispositivo móvel. Com a eliminação dos fios, evoluiu também a Internet e a possibilidade de fazer atualizações diretamente a partir do smartphone ou tablet, para além de todas as outras ações.
Com os dispositivos móveis, o iTunes foi caindo em desuso. Não sendo mais uma plataforma absolutamente necessária, que exigia a conexão a uma computador, não era utilizada nesses aparelhos apenas para ouvir música ou assistir a um episódio de uma série. Existem outras plataforma preferidas pelos utilizadores.
A verdade é que o iTunes, atualmente, é muito pouco usado no iPhone, iPad ou iPod, sendo quase exclusivo a computadores. Perceba-se ainda que o facto de ser exclusivo a dispositivos iOS também ditou o seu destino, à medida que foram sendo lançadas novas apps que funcionavam em qualquer sistema operativo.
iTunes vai ser substituído
Não é nada que já tenha sido confirmado pela Apple, mas sim uma informação que se baseia em vários rumores e até mesmo na atuação da própria empresa, que tem lançado novas apps independentes e inclusive um serviço de streaming de filmes e séries – o Apple TV+.
Os programadores Steve Troughton-Smith e Guilherme Rambo acederam a informação vazada pela empresa americana que sugere que as mudanças já estão em curso e que deverão chegar com a nova versão do MacOS, no verão de 2019.
As informações conseguidas apontam ainda para a criação de diversas apps que, no fundo, representam as várias funcionalidades oferecidas pelo iTunes. Sabe-se que as novas aplicações se irão chamar “Music”, “TV” e “Podcasts”, uma clara divisão das especificidades “plataforma-mãe”, que irão agora funcionar de forma independente.
Sabe-se também que a Apple usou a tecnologia Marzipan nas três aplicações que vai lançar, de forma a que todas funcionem pelos dispositivos principais: Macs, iPhones e iPads.
O que vai acontecer ao iTunes
Não é ainda completamente certo que a plataforma seja eliminada definitivamente, existindo a hipótese de a mesma coexistir com as novas apps. Ou seja, a Apple pode não “deitar abaixo” a plataforma, permitindo que ela funcione nos dispositivos onde está instalada.
Aquilo que poderá não existir é a possibilidade de fazer download da app, por exemplo, ainda que essa seja uma informação que não está de todo confirmada pela empresa. Resta-nos, por isso, esperar pelo Worldwide Developers Conference, evento agendado para junho, onde a Apple anunciará todas as novidades do ano.
Trata-se, por isso, apenas do anúncio oficial, pelo que todas as atualizações (de software e de novas aplicações) só deverão estar disponíveis nos meses de setembro ou outubro. Até lá, resta-nos esperar pela decisão final da empresa norte-americana, que quer acompanhar os avanços tecnológicos e, sobretudo, a oferta da concorrência.
Desta forma, não eliminando totalmente o iTunes, a Apple consegue diversificar a oferta e manter as funcionalidades core da “plataforma-mãe”, subdividindo-as em softwares independentes e capazes de oferecer ainda mais funcionalidades.
Veja também: