Para um adulto, aprender ou reaprender a desenhar pode ser, à primeira vista, um desafio e uma tarefa intimidante, mas também pode resultar numa atividade criativa, estimulante, animadora e tornar-se, em muitos casos, catártica e numa ferramenta terapêutica.
Por isso, aprender a desenhar pode ser uma atitude revigorante e libertadora, uma forma de ativar a imaginação, visitar ou revisitar histórias e momentos de vida, explorar ideias, conceitos, medos e sonhos.
É uma manifestação capaz de estabelecer pontos de contacto entre as pessoas e proporcionar múltiplas leituras do mundo que habitamos. Desenhar permite observar o mundo com outra atenção – e vice-versa, porque a observação também pode conduzir, direta ou indiretamente, ao desenho.
Aprender a desenhar: ultrapassar as primeiras dificuldades
Muitas pessoas – com vontade, possibilidade e disponibilidade para aprender – podem ficar desencorajadas diante de uma folha em branco, sem conseguirem concretizar as suas ideias, ou podem nem sempre saber como começar, a que técnicas recorrer ou que materiais utilizar. Por isso, procuram frequentemente formas de contornar essas dificuldades.
Neste artigo, apresentamos-lhe algumas ideias simples e práticas para a iniciação ao desenho. São sugestões úteis caso queira desenhar de forma mais descomprometida e espontânea, mas também caso queira integrar o desenho na sua vida numa perspetiva mais séria e regular – como autodidata ou através de uma aprendizagem em contexto formal.
Aprender (ou reaprender) a desenhar: uma atividade para todas as idades
Todos desenhámos durante a infância e tentámos colocar no papel centenas de ideias e representações de objetos. Resultavam de sonhos e vontades, do tecido da nossa criatividade, ou seja, daquilo que nos rodeava e influenciava, do que nos era apelativo, do que temíamos ou gostávamos e, claro, de tantas outras coisas.
Em qualquer idade, aprender a desenhar, seja de forma amadora (por curiosidade, como passatempo, por interesse pessoal, para um projeto pontual) ou numa postura mais profissional (com métodos mais formais, maior acompanhamento e outro rigor técnico), significa desenvolver uma série de competências e irá sempre exigir a sua dose de tempo, repetição, persistência, recursos e dedicação.
Seja como for, quer procure dedicar ao desenho algumas horas por mês ou praticar todos os dias, esta atividade sustenta uma série de mais-valias e vantagens.
Outros benefícios de aprender a desenhar
Para além do que mencionámos anteriormente, desenhar é uma forma de processar emoções e valores, de revelar aos outros uma visão muito particular do mundo. Trabalha-se uma série de aspetos, desde a perceção visual à destreza manual, a coordenação e a motricidade, a imaginação e a criatividade, assim como a organização do pensamento.
Algumas sugestões práticas
- Olhe para os objetos e figuras que irá representar como figuras geométricas. Comece por objetos mais simples, como uma bola ou uma laranja, para depois se aventurar em objetos cada vez mais detalhados, como carros e casas, por exemplo;
- Crie um banco de imagens, com desenhos, ilustrações, pinturas e fotografias. Essas imagens irão contribuir para a sua educação visual e poderão servir de inspiração para os seus próprios desenhos;
- Faça um esboço antes de começar a desenhar. Os esboços serão um dos seus pontos de partida, um lugar onde poderá explorar livremente as suas ideias;
- Pratique muito. Repita o mesmo processo em muitos desenhos e depois diversifique-os, também, consoante o que na sua opinião resultar melhor;
- Combine técnicas diferentes, seja criativo e experimente cores novas e inesperadas;
- Treine o olhar e preste atenção aos detalhes;
- Experimente acompanhar tutoriais de desenho disponíveis gratuitamente em plataformas como o Youtube ou o Vimeo;
- Se pretende uma aprendizagem mais formal, inscreva-se num curso livre de desenho (presencial, em regime de e-learning ou b-learning);
- Em casa, prepare um lugar adequado para desenhar, confortável e bem iluminado. Reúna todo o material básico necessário e divirta-se!
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