Pode-se dizer que a competitividade é um sinónimo do sistema financeiro. Os bancos detêm uma infinidade de produtos e serviços e são cada vez mais “agressivos” na sua apresentação aos consumidores. Por outro lado, estes mantêm hábitos financeiros, adjacentes a uma sociedade de consumo, que são usados pelos bancos, em forma de armadilhas financeiras, para os levar a adquirir mais do que precisa ou até o que não lhe é necessário. Conheça três das armadilhas financeiras mais usadas:
1. Apresentar taxas de juro brutas
Vulgarmente as entidades financeiras anunciam em destaque nas suas campanhas publicitárias as taxas de juro, por exemplo dos depósitos a prazo, em termos brutos, ou seja antes da aplicação dos respetivos impostos, e sob uma perspetiva anual, as denominadas TANB – taxas anuais nominais brutas, deixando para “segundo plano” (as chamadas “letras pequenas”) as taxas que mais interessam ao consumidor.
Assim, o consumidor deve saber calcular os juros para não ser ludibriado por este tipo de armadilhas financeiras. O cliente deve utilizar a TAEL – taxa anual efetiva líquida para comparar os diferentes depósitos.
2. Promessas de elevados rendimentos e/ou nenhum risco
Já todos ouvimos ou assistimos a notícias de variados esquemas de burla e fraude financeira. No entanto, por mais informação que se conheça estes estratagemas não param de acontecer e os suas autores são cada vez mais ardilosos.
Não acredite em nenhuma aplicação financeira que lhe seja apresentada garantindo elevados ganhos, ausência de custos e sem qualquer risco, ou seja, segurança absoluta, pois isso não existe. Se lhe for apresentado algo assim, tratam-se de armadilhas financeiras.
O investidor tem de determinar as suas prioridades nas suas aplicações financeiras e estar consciente dessa opção e dos riscos inerentes.
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3. Alocar um segundo produto/serviço ao solicitado
É uma prática muito comum, até no meio comercial. Quando um consumidor recorre à contratação de um empréstimo é induzido a proceder à alocação desse mesmo empréstimo à compra de um segundo produto ou serviço. O caso mais comum é tentar juntar a um crédito ao consumo, por exemplo, a um seguro ou outro serviço disponibilizado pelo banco. Esta é, também, uma das armadilhas financeiras mais comuns entre as entidades bancárias/financeiras.
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