Artistas portugueses representados na P55 são muitos e merecem todo o destaque que lhes podemos dar. Um desses artistas é Júlio Pomar (n. 1926), figura dominante da arte moderna em Portugal, cuja obra, nas últimas sete décadas, atravessa não só os universos da pintura, do desenho, da gravura e da serigrafia, mas também da crítica e da ensaística.
Júlio Pomar
A produção artística de Pomar inicia-se, se assim o podemos dizer, no movimento neo-realista português – a partir da segunda metade da década de 40 – e do qual se demarca no final da década de 50, apesar de, no nosso ponto de vista, continuar a defender uma arte que vise a intervenção social.
A partir daqui, abraça uma perspectiva editorial, no âmbito da ilustração literária, e segue outras direções que o levam a aprofundar a relação entre a arte e a literatura, o desenho e a escrita (ou como metáfora da escrita). Das muitas edições que ilustrou, destacamos, por exemplo, “Pantagruel” de Rabelais (1967), “Guerra e Paz” de Tolstoi ( publicado em 2003) e o poema “O Corvo” de Edgar Allan Poe (1986).
Um dos mais conceituados artistas portugueses
A descoberta desta relação terá uma influência significativa na sua produção pictórica, que será não só de ordem conceptual, mas também formal – recordamos, por exemplo, as suas preocupações em torno do conceito de síntese (que exclui aquilo que é excessivo) – tão central na sua obra; ou o seu interesse em representar o movimento (que concretizou a partir de uma expressividade singular, seja no fluir do gesto ou nas experimentações caligráficas).
A obra deste artista não se resume a estas breves orientações ou a quaisquer outras palavras. Não se encaixa com exclusividade em qualquer estilo ou designação. É singular, como a de grande parte dos artistas portugueses, e, por esta razão, sempre influenciada pelo devir da própria experiência.
Obras para venda na P55
A leiloeira, galeria de arte e loja de decoração tem para venda quatro serigrafias do artista – sendo que uma é da bem conhecida “Série Tauromaquia”; uma obra em azulejo; e uma obra em técnica mista sobre tela.
Esta última, intitulada “Meus Tigres”, remete para o conjunto de obras realizadas a propósito de um convite dirigido ao artista, em 1978, por parte de Joaquim Vital para ilustrar o livro de Jorge Luís Borges – “Rose et Bleu” – e para o qual Pomar realizou um conjunto de colagens. O símbolo do tigre foi aparecendo, posteriormente, numa série de pinturas.
Para a cotação que a obra de Pomar tem no mercado da arte, consideramos que os preços das obras em causa estão bastante acessíveis. O mesmo acontece com outras obras de outros artistas portugueses representados na P55. Em termos de valor comercial, e sabendo que o investimento em obras de arte traduz-se de forma muito positiva a médio e longo prazo, pensamos que vale a pena pelo menos a visita à plataforma online da P55.
Se estiver interessado nas obras de Júlio Pomar e em mais detalhes sobre as mesmas pode aceder à loja online da P55 ou, se preferir analisar as obras presencialmente, pode sempre deslocar-se à loja física, localizada em Matosinhos.
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