A população idosa tem aumentado exponencialmente em Portugal, prevendo-se que tal crescimento se mantenha no futuro. O auxiliar de geriatria é um dos profissionais que se estima vir a ser mais valorizado e procurado pelas organizações nos próximos anos, se se confirmar a previsão de que em 2050 trinta por cento da população terá mais de 65 anos.
A profissão de auxiliar de geriatria é a ideal para si?
Geriatria e Gerontologia… descubra as diferenças!
Antes de mais, importa definir o conceito de geriatria e distingui-lo do conceito de gerontologia. Muitas vezes confundidos, apontam, na verdade, para áreas diferentes do saber e principalmente para áreas profissionais que se caracterizam por actividades distintas.
A gerontologia é a ciência que se dedica ao estudo do envelhecimento da espécie humana em todas as suas vertentes.
A geriatria ocupa-se da saúde das pessoas idosas nos aspectos clínicos, sociais, preventivos e curativos das doenças no envelhecimento.
Por outras palavras, o gerontólogo é um profissional que investiga, estuda tendências e comportamentos sociais em torno do envelhecimento, ao passo que o geriatra intervém clinicamente e directamente com as pessoas idosas.
Com que área profissional se identifica mais?
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O que faz, em concreto, o auxiliar de geriatria?
O auxiliar de geriatria poderá prestar cuidados de apoio directo a idosos, no seu domicílio e/ou em contexto institucional, zelando pelo seu bem-estar físico, psicológico e social, de acordo com as indicações da equipa técnica e com os princípios deontológicos que orientam a prática profissional nesta área.
Quais as competências essenciais ao pleno desempenho da profissão de auxiliar de geriatria?
O auxiliar de geriatria é um profissional dotado do saber técnico que lhe permite conhecer a fundo e intervir sobre os problemas associados ao envelhecimento, devendo também, pela natureza do seu trabalho, possuir competências excepcionais de comunicação, empatia e relacionamento interpessoal.
É importante que tenha disponibilidade para ajustar o seu horário de trabalho às necessidades da entidade onde trabalhar, uma vez que em muitos contextos profissionais é necessário trabalhar à noite e/ou aos fins de semana.
Que funções desempenha?
O auxiliar de geriatria apoia idosos, no domicílio ou em contexto institucional, no que diz respeito a cuidados básicos de higiene, de conforto e de saúde.
Entre as tarefas a desenvolver, destacam-se as seguintes:
- Prestar apoio na alimentação dos idosos
- Prestar cuidados de higiene e arrumação do meio envolvente
- Organizar e preparar os materiais e equipamentos necessários à prestação de cuidados aos idosos.
- Colaborar no desenvolvimento de actividades de animação e de prevenção da monotonia, do isolamento e da solidão dos idosos
- Dar a informação necessária ao idoso sobre os serviços e apoios que lhe estão a ser prestados, envolvendo-o nas rotinas diárias.
Em que contextos pode trabalhar?
- Lares de Terceira Idade
- Residências Geriatricas
- Centros de Dia
- Centros de Noite
- Centros de Comunitários
- Serviços Hospitalares
- Clinicas
- Centros de Acolhimento
- Residências Privadas
- Serviços de Apoio Domiciliário
Com que pessoas interage no seu dia a dia de trabalho?
Apesar de intervir directamente com a pessoa idosa, o auxiliar de geriatria contacta directamente com um conjunto alargado de pessoas. É necessário saber acolher e explicar à família a situação clínica do idoso, assim como trabalhar em articulação com outros profissionais cuja intervenção seja benéfica à melhoria da sua qualidade de vida: médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e educadores sociais, entre outros.
Qual o intervalo salarial?
O auxiliar de geriatria aufere cerca de 500 a 600 euros mensais.
E a taxa de empregabilidade?
Estima-se que haja uma procura cada vez maior dos profissionais que intervêm sobre os problemas do envelhecimento; o desafio, para estes profissionais, é a competição com profissionais mais qualificados das áreas da Medicina e da Enfermagem que possam especializar-se no estudo da população idosa. Outro desafio que se põe, e que abre perspectivas interessantes aos profissionais, é a descoberta de áreas de intervenção mais ligadas ao desenvolvimento pessoal e ao entretenimento das pessoas de idade superior aos 65 anos.