Catarina Reis
Catarina Reis
04 Mai, 2016 - 11:00

Auxiliar de geriatria: funções, salários e emprego

Catarina Reis

Conheça os contornos da profissão de auxiliar de geriatria: da expectativa salarial à natureza das funções que desempenha.

Auxiliar de geriatria: funções, salários e emprego

A população idosa tem aumentado exponencialmente em Portugal, prevendo-se que tal crescimento se mantenha no futuro. O auxiliar de geriatria é um dos profissionais que se estima vir a ser mais valorizado e procurado pelas organizações nos próximos anos, se se confirmar a previsão de que em 2050 trinta por cento da população terá mais de 65 anos.


A profissão de auxiliar de geriatria é a ideal para si?

Geriatria e Gerontologia… descubra as diferenças!

Antes de mais, importa definir o conceito de geriatria e distingui-lo do conceito de gerontologia. Muitas vezes confundidos, apontam, na verdade, para áreas diferentes do saber e principalmente para áreas profissionais que se caracterizam por actividades distintas.

A gerontologia é a ciência que se dedica ao estudo do envelhecimento da espécie humana em todas as suas vertentes.
A geriatria ocupa-se da saúde das pessoas idosas nos aspectos clínicos, sociais, preventivos e curativos das doenças no envelhecimento.

Por outras palavras, o gerontólogo é um profissional que investiga, estuda tendências e comportamentos sociais em torno do envelhecimento, ao passo que o geriatra intervém clinicamente e directamente com as pessoas idosas.

Com que área profissional se identifica mais?

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O que faz, em concreto, o auxiliar de geriatria?

O auxiliar de geriatria poderá prestar cuidados de apoio directo a idosos, no seu domicílio e/ou em contexto institucional, zelando pelo seu bem-estar físico, psicológico e social, de acordo com as indicações da equipa técnica e com os princípios deontológicos que orientam a prática profissional nesta área.

Quais as competências essenciais ao pleno desempenho da profissão de auxiliar de geriatria?
O auxiliar de geriatria é um profissional dotado do saber técnico que lhe permite conhecer a fundo e intervir sobre os problemas associados ao envelhecimento, devendo também, pela natureza do seu trabalho, possuir competências excepcionais de comunicação, empatia e relacionamento interpessoal.
É importante que tenha disponibilidade para ajustar o seu horário de trabalho às necessidades da entidade onde trabalhar, uma vez que em muitos contextos profissionais é necessário trabalhar à noite e/ou aos fins de semana.

Que funções desempenha?

O auxiliar de geriatria apoia idosos, no domicílio ou em contexto institucional, no que diz respeito a cuidados básicos de higiene, de conforto e de saúde.

Entre as tarefas a desenvolver, destacam-se as seguintes:

  • Prestar apoio na alimentação dos idosos
  • Prestar cuidados de higiene e arrumação do meio envolvente
  • Organizar e preparar os materiais e equipamentos necessários à prestação de cuidados aos idosos.
  • Colaborar no desenvolvimento de actividades de animação e de prevenção da monotonia, do isolamento e da solidão dos idosos
  • Dar a informação necessária ao idoso sobre os serviços e apoios que lhe estão a ser prestados, envolvendo-o nas rotinas diárias.

Em que contextos pode trabalhar?

  • Lares de Terceira Idade
  • Residências Geriatricas
  • Centros de Dia
  • Centros de Noite
  • Centros de Comunitários
  • Serviços Hospitalares
  • Clinicas
  • Centros de Acolhimento
  • Residências Privadas
  • Serviços de Apoio Domiciliário

Com que pessoas interage no seu dia a dia de trabalho?

Apesar de intervir directamente com a pessoa idosa, o auxiliar de geriatria contacta directamente com um conjunto alargado de pessoas. É necessário saber acolher e explicar à família a situação clínica do idoso, assim como trabalhar em articulação com outros profissionais cuja intervenção seja benéfica à melhoria da sua qualidade de vida: médicos, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e educadores sociais, entre outros.

Qual o intervalo salarial?

O auxiliar de geriatria aufere cerca de 500 a 600 euros mensais.

E a taxa de empregabilidade?

Estima-se que haja uma procura cada vez maior dos profissionais que intervêm sobre os problemas do envelhecimento; o desafio, para estes profissionais, é a competição com profissionais mais qualificados das áreas da Medicina e da Enfermagem que possam especializar-se no estudo da população idosa. Outro desafio que se põe, e que abre perspectivas interessantes aos profissionais, é a descoberta de áreas de intervenção mais ligadas ao desenvolvimento pessoal e ao entretenimento das pessoas de idade superior aos 65 anos.

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