Em 2009, o lucro dos quatro maiores bancos privados a operar no mercado português – Banco Comercial Português (BCP), o Banco Espírito Santo (BES), o Santander Totta e o Banco Português de Investimento (BPI), registou 1,445 mil milhões de euros, cifra que representa mais de 13,8 por cento do que no ano anterior. São ganhos de 4 milhões de euros por dia que davam para financiar a construção de dez barragens. Nos dois anos de crise mundial, os quatro maiores bancos privados a operar em Portugal acumularam lucros de 2,7 mil milhões de euros.
O Santander Totta foi quem apresentou os maiores lucros com 523 milhões de euros, mais 1,1 por cento do que em 2008, adiantou a agência Lusa.
Já o Banco Espírito Santo (BES) alcançou um resultado líquido de 522 milhões de euros, mais 30 por cento do que há um ano. O terceiro lugar é ocupado pelo Millennium BCP que, apesar der todas as polémicas ao nível da administração e da exposição a mercados em crise, registou lucros de 225 milhões de euros em 2009, mais 12% do que no ano anterior. Uma variação em terreno positivo de 12 por cento. O BPI obteve lucros de 175 milhões de euros, mais 17 por cento que no mesmo período em 2009.
O desempenho do sector financeiro em 2009 tem sido visto pelos banqueiros como “satisfatório”, tendo em conta que os três bancos privados cotados na bolsa nacional – BCP, o BES e o BPI – realizaram significativos aumentos de capital.
Aos resultados positivos alcançados pelos bancos privados no mercado financeiro português não correspondeu um maior aumento dos impostos. Em 2008, só o BES pagou mais impostos. Nesse ano, as quatro instituições bancárias tinham pago para os cofres fiscais 391,9 milhões de euros. Em 2009 o valor desembolsado foi inferior – apenas 330,8 milhões.
Crédit Suisse anuncia regresso aos lucros
Um dos maiores bancos da Suiça registou um resultado líquido de 6,72 mil milhões de francos suíços (cerca de 4,6 mil milhões de euros) de lucro em 2009.
É um regresso aos lucros da Credite Suisse depois de, em 2008, ter contabilizado perdas líquidas na ordem dos 8,2 mil milhões de francos suíços, o pior momento da crise financeira. Os resultados de 2009 foram ligeiramente inferiores às previsões anunciadas pelos analistas, que se centravam num lucro médio de 7,2 mil milhões de francos suíços.
Ao contrário do rival UBS, o Credit Suisse revelou ter obtido novos depósitos dos clientes, com novos activos líquidos de 6,4 mil milhões de francos suíços.