A duração normal de uma gestação é de 37 a 42 semanas. O bebé prematuro é aquele que nasce antes das 37 semanas. O nível de prematuridade é posteriormente definido, tendo em conta a idade gestacional e o peso do bebé.
O que é um bebé prematuro?
Prematuridade segundo a idade gestacional
a) Prematuro pré-termo limiar: bebés nascidos entre as 33 a 36 semanas de gestação e/ou com um peso entre 1500g e 2500g;
b) Prematuro moderado: bebés nascidos entre as 28 e 32 semanas de gestação, com um peso entre 1000g a 2500g;
c) Prematuro extremo: bebés antes das 28 semanas de gestação, com um peso inferior às 1000g.
Prematuridade segundo o peso à nascença
a) Prematuro de baixo peso: com menos de 2500g;
b) Prematuro de muito baixo peso: com menos de 1500g;
c) Prematuro de extremo baixo peso: com menos de 1000g.
9 sinais de imaturidade que caracterizam um bebé prematuro
É importante que os pais estejam preparados para lidar com os sinais de imaturidade que caracterizam estes bebés e que os tornam muito mais vulneráveis, e também que se rodeiem de toda a ajuda médica e familiar de que necessitem.
1) Baixo peso;
2) Pele fina, brilhante e rosada, por vezes coberta por lanugo (penugem fina);
3) Veias visíveis sob a pele;
4) Pouca gordura;
5) Cabelo escasso;
6) Cabeça grande e desproporcionada em relação ao resto do corpo;
7) Músculos fracos e atividade física reduzida (tende a não elevar os braços e as pernas);
8) Reflexos de sucção fracos ou inexistentes;
9) Respiração irregular.
Causas do parto prematuro
Apesar da intensa investigação, ainda não são completamente conhecidos os mecanismos causadores do parto prematuro. Contudo, já é bem conhecida a associação de alguns fatores de risco ao parto prematuro.
Acredita-se que a causa da prematuridade não se deve apenas a um único fator, mas sim a um conjunto deles.
Principais fatores de risco
a) Gravidez gemelar;
b) História de um parto prematuro anterior;
c) Idade da grávida (abaixo dos 19 e acima dos 40 anos);
d) Comportamentos de risco por parte da grávida (consumo de tabaco e/ou drogas; inexistência ou baixos cuidados pré-natais);
e) Infeções (nomeadamente, pneumonias, pielonefrite e apendicite aguda);
f) Hemorragia vaginal (causada, por exemplo, pelo descolamento de placenta);
g) Problemas ginecológicos (nomeadamente, malformações uterinas e fibromiomas);
h) Fatores psicológicos (stress materno; depressão pré-natal e atitudes negativas face à maternidade).
Relação dos pais com o bebé prematuro
Durante a gravidez, os pais vão idealizando o seu filho perfeito e, ao mesmo tempo, sentindo receio de que possa surgir algum problema inesperado. Quando o bebé nasce dá-se o confronto entre o bebé que foi idealizado e o bebé real. Este confronto é maior nos casos do nascimento de um bebé em risco.
Os pais são frequentemente confrontados com a situação de internamento do bebé prematuro (de forma mais ou menos prolongada) e, posteriormente, reagem e adaptam-se ao comportamento de interação do filho e à forma como este vai cumprindo as suas tarefas de desenvolvimento.
Após o choque e o medo iniciais, é importante que os pais passem por um processo de adaptação e aceitação e se preparem para apoiar o seu bebé.
A presença dos pais junto de qualquer bebé é fundamental, mas torna-se ainda mais importante quando falamos de um bebé prematuro. A forte proximidade entre pais e bebé contribui para o bem-estar do bebé e para a sua recuperação.
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