Ekonomista
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28 Jun, 2018 - 16:23

Os pais devem beijar os filhos na boca: sim ou não?

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Beijar os filhos na boca é um tema envolto em polémica, em relação ao qual nem os especialistas estão de acordo. Conheça os argumentos contra e a favor.

Os pais devem beijar os filhos na boca: sim ou não?

Beijar e abraçar os filhos são atos de carinho que devem acontecer de forma regular, afinal de contas, amor e carinho nunca fizeram mal a ninguém. Contudo, quando falamos em beijar os filhos na boca, aquilo que pode parecer também um simples ato de carinho torna-se um tema bastante polémico entre pais e entre especialistas de diferentes áreas.

Alguns especialistas acreditam que o beijo na boca tem uma conotação sexual, que a criança só identifica mais tarde e que, portanto, não sendo necessariamente lesivo também não traz vantagens. Para outros especialistas, beijar os filhos na boca é meramente uma normal demonstração de carinho. Vamos conhecer os diferentes argumentos!

Beijar os filhos na boca: sim ou não?

Quem reponde “SIM” ao ato de beijar os filhos na boca argumenta da seguinte forma

a) É uma forma de expressão de carinho e amor, absolutamente comum e natural;

b) Basta que os pais tenham o devido cuidado de não o fazer no caso de estarem doentes ou nos casos em que a imunidade do bebé ainda não seja plena, e que expliquem que é um ritual que não deve ir além da família.

Beijar os filhos na boca é um ato de carinho

Quem reponde “NÃO” ao ato de beijar os filhos na boca argumenta da seguinte forma

a) Nos casos de doença infeciosa (herpes labial; constipação; gastroenterite; entre outras), o beijo na boca pode ser um veículo de infeção mais grave, dado que a carga viral passada é maior do que pelo ar;

b) Há muitas outras formas de demonstrar o afeto, sem comprometer o bem-estar das crianças;

c) O beijo na boca é um sinal de afeto mas também tem uma forte conotação sexual.

Há outras formas de demonstrar o afeto

Em suma

Nem sim, nem não. Não há uma resposta certa a esta questão, até porque nem entre os especialistas há consenso. As manifestações de carinho são atos muito pessoais e a sua interpretação depende de muitos fatores, nomeadamente fatores culturais e familiares.

De facto, o beijo é uma questão cultural e depende muito das sociedades em que é praticado. Se há sociedades em que é uma mera expressão de carinho, absolutamente comum, há outras em que tem uma conotação sexual mais forte, sendo menos consensual.

Há apenas consenso em relação ao facto de que beijar os filhos na boca deve ser evitado em algumas circunstâncias: quando o sistema imunitário da criança está ainda pouco desenvolvido (recém-nascidos) ou comprometido (crianças com doença crónica e/ou imunodepressão), e em circunstâncias que podem aumentar o risco de doença nos filhos, como quando os pais estão doentes.

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