Depois da polémica gerada em torno do BES nas últimas semanas, os clientes e o país ficaram ontem a saber o que vai efectivamente acontecer com o banco. No comunicado ao país que aconteceu ontem à noite, foi anunciada a morte do BES e o nascimento do “Novo Banco” que terá uma injecção estatal de 4900 milhões de euros. Grande parte desta verba é emprestada pelo Estado, que irá recorrer ao fundo da troika para conseguir suportar este extra não previsto até então.
O “Novo Banco”
A partir de hoje, o “Novo Banco” é a nova instituição que dá lugar ao BES e que assume o negócio principal do Banco Espírito Santo, os trabalhadores, os balcões, os depósitos e ainda um rácio de capital de 8,5%, que permite ao Novo Banco operar dentro de regras legais e ter acesso ao financiamento.
Segundo declarações de Carlos Costa, governador do Banco de Portugal, “o BES vai continuar a assegurar a actividade, tanto dos balcões como das suas filiais em Portugal e no estrangeiro, tendo como objectivo proteger os seus clientes e depositantes”, referiu, sublinhando ainda que “fica inequivocamente afastada qualquer hipótese de poder haver perda para os seus depositantes, uma vez que “o velho banco, o BES, fica com os activos tóxicos que correspondem sobretudos aos créditos concedidos pelo banco às empresas do seu maior accionista, o Grupo Espírito Santo, e algumas filiais problemáticas”, conclui.
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