A crise pode ser uma oportunidade para vários negócios, e para quem tem dinheiro para investir, esta é uma boa oportunidade no sector imobiliário.
Quem vende casas, utiliza como argumentos, a descida das comissões dos mediadores e dos preços das casas e até há quem utilize outro argumento – o do pacote de sonho – oferta de um automóvel na compra da casa.
Até Domingo, poderá visitar o Salão Imobiliário de Lisboa que decorre na FIL, no Parque das Nações, onde mediadores, construtores e bancos tentam convencer os potenciais clientes a comprar casa, com os seus argumentos, descontos e promoções criados de propósito para a feira.
Ainda na feira haverá lugar a apresentações, entre eles um estudo, onde constam sugestões de proprietários apresentadas à ministra do Ambiente e Ordenamento do Território. Entre essas sugestões, inclui-se a extinção dos contratos de arrendamento antigos, mecanismos que permitam resolver rapidamente as situações de incumprimento por parte dos inquilinos, e a simplificação do acesso aos programas de apoio à reabilitação.
O estudo intitulado “Retrato da Habitação em Portugal características e recomendações”, realizado pela investigadora Mónica Fréchaut, inclui também um inquérito efectuado a cerca de mil proprietários. O inquérito mostrou que apenas 9,7% dos proprietários vivem apenas das rendas e que tal acontece porque mais de metade dos arrendatários paga menos de 100 euros de renda.
De acordo com este estudo, só se consegue manter um mercado de arrendamento, se as rendas corresponderem “à justa compensação do serviço prestado”, o que não está a acontecer em muitas casas.