Share the post "BPN: 30 Clientes invadem instalações e exigem os seus direitos"
No sentido de reclamar o pagamento do papel comercial da cimenteira CNE que já está em incumprimento há bastante tempo, hoje, cerca de 30 clientes estiveram à porta do BPN no Porto.
António Henriques, representante da Associação Nacional de Defesa dos Clientes do BPN, reuniu com os responsáveis do banco no Porto, e ficou bastante preocupado pois a cimenteira CNE foi declarada insolvente.
Infelizmente, existem 44 clientes prejudicados pela falta de “pagamento do papel comercial da CNE tendo a haver cerca de 10 milhões de euros”, segundo declarações de António Henriques.
Depois da invasão e da reunião entre os representantes do banco e a Associação Nacional de Defesa dos Clientes do BPN, ficou acordado que os clientes irão ser recebidos pela Administração do BPN no dia 8 de Outubro, em Lisboa.
De acordo com declarações do advogado da Associação, Arnaldo Homem, o mais grave em todo este processo de insolvência da empresa de cimentos, é que seja nomeado como administrador da massa falida o administrador actual, o qual “tem que ser demitido já”, segundo António Henriques.
O departamento jurídico da Associação também está a estudar a hipótese de apresentar uma providência cautelar para impedir que o banco seja privatizado já que não sabem “se as obrigações estão salvaguardadas no caderno de encargos”.
Do outro lado está a administração do banco a pedir um adiamento do concurso para a privatização do mesmo, de cerca de 45 dias, além do prazo de entrega de propostas, sendo que amanhã acaba o prazo que foi inicialmente estabelecido.
Os clientes, os principais lesados, sentem-se enganados e burlados, e ainda não decidiram se vão acabar o seu protesto. O certo é que à porta do banco ainda estão montadas cinco tendas de campismo onde cinco clientes fazem greve de fome há já oito dias.
Veja também: Como mudar de banco