Um polícia em final de carreira é obrigado a apadrinhar o primeiro agente Orc e tê-lo como parceiro, num mundo onde os Elfos vivem abastadamente e numa espécie de Apartheid. O par improvável de polícias cai no meio de uma disputa entre humanos, orcas e elfos pelo bem mais poderoso do mundo: uma varinha mágica. Bright é o nome que se dá aos que conseguem usar uma…
Crítica de Cinema: Bright
Bright é realizado por David Ayer, que dirigiu o infame Suicide Squad e o excelente End of Watch. E peguemos naquilo que de melhor este último filme tem para oferecer, a química e a relação entre os dois polícias que protagonizam a película.
Ayer não conseguiu transportar essa dinâmica para o seu novo filme. Durante as duas horas da película é evidente a falta de cumplicidade entre Ward e Jacoby, protagonizados respectivamente por Will Smith e Joel Edgerton.
O primeiro Orc polícia é gozado pelos seus novos colegas humanos na LAPD, enquanto que os outros Orcs o vêem como traidor. O filme tenta atirar-nos para os olhos o tema do racismo, com o conflito entre as várias raças existentes no mundo. Há até alguém que diga “Fairy lives don’t matter today”. Falhou rotundamente. Até o filme Zootrópolis consegue fazer um melhor trabalho nesse campo.
O filme falha também em explicar porque é que o mundo de Bright chegou até à sua situação atual. A única coisa que nos é dita é que há milhares de anos existiu um Senhor das Trevas e houve uma guerra onde este saiu derrotado. Os Orcs estavam do lado do vilão e, por isso mesmo, são vistos como os maus da fita desde então.
E essa parte histórica do universo de Bright consegue ser mais interessante do que a própria trama do filme. Pena ter sido pouco desenvolvida e enunciada não mais do que duas ou três vezes ao longo do mesmo…
Faltou a magia
Tivesse o filme menos 30 minutos, e tivessem sido eliminadas algumas das suas incoerências, e talvez o considerasse mediano. O plot twist do filme é tão cliché que no momento em que acontece chega a ser hilariante, para além de desapontante.
As cenas de acção são até divertidas e agradáveis de se ver, um pouco à semelhança daquilo que se tinha passado com o Suicide Squad. Infelizmente a qualidade da história ficou também ao mesmo nível.
Bright só não será um fracasso de bilheteira porque é distribuído pela gigante Netflix. A sua premissa original não é acompanhada por uma boa execução. A dupla Ward e Jakoby é completamente desinteressante e os dois atores parecem fazer um grande favor ao interpretarem as suas personagens. Ainda assim, o maior frete é aquele que os subscritores da Neflix fazem ao ver o filme…
Estrelas: **
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