A temporada de primavera-verão é, provavelmente, a altura mais esperada pelos portugueses – que, claro, querem desfrutar ao máximo dos tempos mais solarengos, com mais pele à mostra e mais exposição ao sol. A cor dourada da estação é desejada por quase toda a gente e, muitas vezes, o uso do bronzeador é uma escolha para acelerar o processo.
E uma vez que os dias de sol são um convite à praia, ao mar, aos mergulhos na piscina e, claro, ao bronzeado perfeito, muitas vezes surge a dúvida: será que os cremes e óleos bronzeadores são benéficos, ou trazem malefícios à pele e à saúde?
O mais surpreendente é que, na verdade, os bronzeadores são ótimos aliados de quem vai ao sol e quer estar bronzeado. No entanto, há cuidados a ter na altura de comprar e utilizar o seu.
Vamos saber tudo sobre este tema: como atuam, como escolher, quais alternativas existem. Acompanhe-nos.
Bronzeador: aliado ou inimigo?
Quando vem o bom tempo, ensolarado, a imagem de uma pele bronzeada vem logo à cabeça – certo? Por isso há tantas pessoas a desejarem acelerar o processo de bronzeamento, recorrendo a produtos como autobronzeadores e bronzeadores, para além das idas ao solário.
Hoje vamos focar-nos nos cremes e óleos que potencializam ou aceleram o processo do bronzear – ou seja, os bronzeadores. Serão eles realmente seguros? Podemos utilizá-los sempre ou às vezes? Ou será que nunca?
A resposta é simples: qualquer produto que vá à pele durante a exposição solar deve oferecer fotoproteção. Assim, podemos usar os nossos bronzeadores com tranquilidade, mas desde que apresentem, também, características de proteção contra os raios UVA e UVB – e que, claro, estejam regulamentados e sigam as normas vigentes.
Como funcionam os bronzeadores?
Para reagir aos efeitos da exposição aos raios UVA e UVB, a nossa pele passa a produzir mais melanina e, na tentativa de criar um processo de autoproteção natural, escurece – é o famoso bronzeado, tão valorizado pela indústria da moda e da beleza, e considerado como um sinal de aparência saudável. Esta adoração fez com que, durante décadas, tantas pessoas praticassem uma exposição solar inadequada, à procura de um bronzeado perfeito.
Outro reflexo da sobrevalorização do bronzeado foi a criação de produtos que estimulassem a produção natural de melanina – os cremes e óleos bronzeadores, que incluem nas suas fórmulas um composto chamado de tirosina. Esta é, aliás, a substância responsável por acelerar o nosso bronzeado, induzindo a uma maior pigmentação.
Em resumo, é através da tirosina que o bronzeador atua para acelerar a produção natural de melanina, seja qual for o tipo de exposição solar.
A tirosina dos bronzeadores nada mais é do que um simples aminoácido que atua para atingir os melanócitos presentes na nossa pele – os melanócitos são as nossas células “especialistas” na produção de melanina.
Como escolher um bronzeador?
Já ninguém pode dizer que é segredo: a exposição ao sol, seja onde for, deve sempre ser feita de maneira responsável e com proteção adequada. Os riscos de estar ao sol de forma menos consciente são reais e afetam não só a nossa pele, como toda a nossa saúde.
Os produtos de proteção e cuidado da pele que são usados antes, durante e após a exposição ao sol são de extrema importância e, por isso, a escolha deve ser acertada. Mesmo num produto bronzeador, privilegie um amplo espectro de proteção contra os raios UVA e UVB, como forma de evitar o envelhecimento prematuro e o cancro da pele.
Os bronzeadores mais potentes do mercado, capazes de ajudar no bronzeado perfeito, são aqueles que incluem proteção contra os efeitos nocivos do sol sobre a pele – ou seja, que incluem um filtro fotoprotetor. No entanto, é possível usar aqueles que não oferecem proteção solar, desde que seja aplicado, logo de seguida, um creme protetor sobre a pele.
Estas duas ações – de acelerar a produção de melanina e de proteger a pele -, quando combinadas, provocam um efeito bronzeador muito mais eficiente, que é alcançado de forma mais rápida, saudável e natural.
Outra vantagem de usar os bronzeadores com proteção solar é que eles favorecem um bronzeado mais duradouro e evitam o efeito de “despelar” – que, além de inestético, pode deixar a pele manchada.
Por isso, a conclusão é: se vai estar exposto ao sol e não abre mão de tempos bem passados entre mergulhos, seja no mar ou na piscina, a utilização de produtos com efeito bronzeador é considerada segura quando combinada com a de produtos protetores – sem esquecer que qualquer exposição solar é capaz de provocar danos à pele.
Os autobronzeadores
Se quer passar longe dos efeitos nocivos do sol, mas adorava ter uma pele com o aspeto dourado do verão, os autobronzeadores são excelentes opções para conseguir um bronzeado natural sem radiação solar.
Eles contêm nas suas fórmulas a substância dihidroxiacetona (DHA), que é um tipo de açúcar capaz de reagir com a queratina da pele e, assim provocar a produção de uma substância acastanhada – a melanoidina. Esta é uma reação absolutamente segura e saudável.
A única nota importante que deixamos tem a ver com a sua correta aplicação: é importante que o produto autobronzeador seja aplicado de forma bastante homogênea, uma vez que a má aplicação vai resultar em manchas alaranjadas.