Quem já teve ou tem um bulldog em casa sabe bem que a sua saúde requer cuidados extra. Quer seja do tipo francês, quer seja do tipo inglês, a verdade é que é preciso estar de olhos postos no bem-estar no animal. Como sabemos que o seu melhor amigo de 4 patas merece todo o seu carinho e atenção, este é o mote perfeito para o nosso artigo: bulldog, principais doenças e cuidados a ter. Fique atento às particularidades destas raças e livre o seu animal de estimação das patologias mais incidentes.
Bulldog inglês: principais doenças
Muito protetor e gentil, não é segredo que este animal é adorado. O Bulldog Inglês é mesmo famoso por ser uma excelente companhia para a família, pois tem uma enorme tendência a criar laços com miúdos e graúdos.
O que alguns donos – ou aspirantes a donos – podem não saber é que a raça requer alguma disciplina e preparação. Isso porque são animais que precisam de atividade física regular para viver bem, caso contrário ficam obesos e, por isso, doentes. Também o seu nariz – muito curto – o torna mais propenso a problemas de superaquecimento nos dias quentes (hipertermia ou heat stroke).
Graciosos, apesar de poder atingir os 30 kg, estes animais adaptam-se bem a apartamentos, mas precisam ter acesso a maiores espaços para fazer exercício. O bulldog inglês vive, em média, entre 8 a 10 anos e sabemos que o que mais quer é mantê-lo saudável. Por isso, fique atento às principais doenças comuns na raça e evite que o seu patudo seja mais um nas estatísticas.
Principais doenças do bulldog inglês
- Heat Stroke/Hipertermia: patologia típica do tempo de calor, ocorre quando os cães ficam expostos a altas temperaturas ambientais ou situações de stress.
- Síndrome do Cão Braquicefálico: os cães de nariz curto têm mais dificuldade em respirar e é preciso estar atento ao som que o ar faz ao inspirar e expirar. Se o cão passar a ressonar mais, converse com o veterinário.
- Distócia ou dificuldade de parto: por terem grandes cabeças, os filhotes desta raça apresentam maior dificuldade entre a passagem pelo canal pélvico da mãe. Geralmente, os veterinários sugerem parto por cesariana.
- Hiperplasia vaginal durante o cio.
- Dermatite (nas dobras faciais): este é um problema de pele comum e acontece quando as dobras faciais passam a reter humidade. A humidade em questão provoca uma inflamação. Mantenha o seu cão devidamente seco.
- Dermatite interdigital: a patologia, também chamada de pododermatite, ocorre quando há inflamação das patas e é bastante comum na raça.
- Criptorquidismo: o termo é utilizado na descrição de situações em que os testículos do animal permanecem no abdómen – ou seja, não “descem” na altura esperada.
- Displasia Coxo Femural: a patologia é resultado da má formação da articulação do anca, provocando artrose e dor.
- Hipoplasia da Traqueia: esta raça apresenta uma traqueia menor e isso resulta em mais um fator que dificulta a ação de respirar. O problema pode abrir portas a quadros de pneumonia.
- Hipotireoidismo: a hipoatividade da tireóide pode resultar em ganho de peso, lentidão e doença grave.
- Olho da Cereja: também conhecido como Cherry Eyes, este é um prolapso que acontece na terceira pálpebra. Não provoca cegueira, nem é grave, mas pode ser demasiado incómodo para o cão. Provoca dor ocular e lacrimejamento constante.
- Entropion: o problema também acomete a pálpebra, podendo causar irritação na superfície do globo ocular e levar, como consequência, a problemas considerados mais graves.
- Distriquiase: esta patologia é caracterizada pelo crescimento em sítios anormais, causando irritação ocular.
- Ceratoconjuntivite Seca/Olho Seco: patologia do olho que ocorre porque há baixa produção de lágrimas.
- Displasia de Cotovelo: a displasia de cotovelo pode provocar artrose nos membros anteriores e dor.
- Mastocitomas e Sarna Demodécica.
- Prolapso uretral.
Bulldog francês: principais doenças
A raça é conhecida por ser acometida por doenças comuns dos cães braquicefálicos – que, entre outras características, têm o focinho achatado. As patologias, como é exemplo a síndrome do cão braquicefálico, são sobretudo transtornos que dificultam a respiração do animal desde o nascimento, ou questões relacionadas à estrutura vertebral e ao funcionamento do sistema gástrico.
Principais doenças do bulldog francês
- Síndrome do Cão Braquicefálico: transtorno comum a cães de focinho achatado (como o bulldog inglês e o pug), que dificulta a respiração e pode obstruir por completo as vias respiratórias, causando colapso. Preocupe-se, especialmente, em alturas de calor ou durante a atividade física. A síndrome dificulta a mastigação de alimentos e pode levar, ainda, a problemas gastrointestinais.
- Colite Histiocítica Ulcerativa: uma patologia inflamatória que acomete a região intestinal e afeta o intestino grosso. Diarreia crónica, bem como perdas de sangue costantes, são alguns dos problemas decorrentes da doença.
- Entrópio: acontece quando pálpebra do cão dobra-se para a parte de dentro do olho, afetando mais a pálpebra inferior. Provoca mal-estar , irritação e, até, incapacidade visual.
- Hemivértebra: o problema consiste na má formação vertebral, que provoca pressão em nervos da coluna do animal, causando dificuldade de locomoção e dor.
- Doença do Disco Intervertebral: esta doença aparece quando o núcleo das vértebras acaba por sobressair e formar uma hérnia que pressiona, ocasionalmente, a medula espinhal. Dores na coluna, baixo controlo do esfíncter e sensibilidade são alguns dos sintomas.
- Lábio Leporino/Fenda Palatina: a doença ocorre ainda durante a fase de desenvolvimento embrionário, consistindo numa abertura do teto da boca ou do lábio. O problema não implica questões maiores de saúde, mas situações consideradas mais graves podem dar origem a uma secreção crónica, pneumonia e, até, à morte do animal.
- Deformação das Pestanas: a distiquíase e a triquíase são exemplos de patologias das pestanas. Provocam, sobretudo, irritação da córnea.
- Cataratas: a doença pode causar, a longo prazo, cegueira.
- Hemofilia: a patologia consiste no anormal funcionamento das plaquetas, fazendo com que o sangue não coagule de forma adequada. A doença pode provocar hemorragias – externas e internas.