Desde 2000, que o Banco de Portugal tem estatísticas sobre esta temática e em Setembro registou-se o valor mais baixo de sempre com cerca de 35 mil cheques.
Tendo em conta a média mensal dos últimos 12 meses que foi de 42,8 mil cheques, houve uma diminuição de 7 mil cheques.
Os cheques sem provisão ou vulgarmente chamados “cheques carecas” ainda são o principal motivo de devolução desta modalidade de pagamento e neste caso representam 70,2% do número total de cheques devolvidos este mês de Setembro.
Qual será a razão deste comportamento? Existem várias explicações. Uma delas está relacionada com o facto deste ser um meio de pagamento cada vez menos utilizado, devido ao recorrente uso dos cartões de crédito e débito e mesmo as transacções on-line.
Existem estatísticas que comprovam essa mesma situação. A começar pelos cheques apresentados no mês de Agosto para compensação que chegaram aos 8 milhões, comparativamente ao mês de Setembro que teve 7,4 milhões de cheques apresentados para compensação.
Se analisarmos um período de tempo mais alargado conseguimos facilmente identificar esta tendência descendente. Tendo em conta os primeiros 9 meses deste ano e igual período no ano passado, existe uma quebra de 11%.
Além disso, os próprios bancos aumentaram o custo de emissão de cheques, visando exactamente, diminuir o risco que está naturalmente associado aos cheques.