Na costa do Alto Minho, e de olhos postos na Galiza, Caminha é um concelho a visitar, pleno de atrações históricas e naturais e destino certo para quem se quer divertir ou apenas descansar.
As suas ruas estreitas fazem parte do seu encanto especial, assim como os seus espaços memoráveis de origem civil, militar e religiosa, fazem de Caminha um destino cada vez mais apetecido.
Contudo, entre tanta beleza, há algo que se destaca: o Forte da Ínsua é, seguramente, o ex-libris de Caminha. Mas será este o único forte do concelho?! Fique a saber e prepare-se para se apaixonar por este maravilhoso destino.
Descubra Caminha e o seu Forte da Ínsua
O que é o Forte da Ínsua?
Este vulto da cultura e da história de Caminha é considerado Monumento Nacional, desde 1910. Está situado no ilhéu da Ínsua, que faz parte da freguesia de Moledo.
A fortaleza está associada ao reinado de D. João IV, estando datada do século XVII. De planta em forma de estrela irregular, o forte integra no seu interior o convento franciscano, que foi ampliado no ano de 1676.
Contudo, houve uma primeira fortaleza, anterior à que hoje podemos conhecer, mas dela nada restou. Essa fortaleza inicial estava associada a uma comunidade franciscana (de Frades Menores) que edificaram um cenóbio em 1392, quando eram dirigidos por frei Diogo Arias.
Foi no século XIV que essa Ordem, que ocupou o ilhéu, construiu o convento de Santa Maria da Ínsua. Posteriormente, em 1471, ocorreram obras de remodelação no convento. Entre as alterações efetuadas estão os melhoramentos na capela e a construção de novas celas.
Outros fortes
Em Caminha, existem outros fortes que geram interesse em quem visita o concelho, nomeadamente o Forte da Lagarteira (também conhecido como Forte de Âncora e que fica no Portinho de Vila Praia de Âncora).
É uma fortaleza militar (séc. XVII-XVIII), classificada como Imóvel de Interesse Público, desde 1967. Ela serviu para defender a costa, nomeadamente perante a ameaça da armada espanhola.
O Forte do Cão Âncora é outra construção militar defensiva. Uma fortificação localizada no lugar da Gelfa, que foi construída no reinado de D. Pedro II.
Património Histórico em Caminha
Existem inúmeros espaços com elevado interesse turístico. Locais com história e com beleza que merecem ser visitados pois, além de proporcionarem um cenário fantástico para belas fotos, também são reveladores do passado do concelho.
A Ponte Medieval de Vilar de Mouros, que passa sobre o rio Coura, é um dos símbolos mais procurados por quem visita Caminha. Ela está classificada como Monumento Nacional, desde 1910.
É nesta aldeia de Vilar de Mouros que anualmente tem lugar o mais antigo festival de música em Portugal.
Uma das maiores referências deste destino é, sem dúvida, a Igreja da Misericórdia. Esta construção quinhentista fica no centro da vila, junto aos Paços do Concelho. A sua talha dourada, em estilo barroco e rococó, é uma das atrações desta igreja e data do século XVIII, altura em que o interior do edifício foi redecorado.
Dólmen da Barrosa
Em Vila Praia de Âncora, bem perto de Caminha, existe a “Anta da Barrosa”, um espetacular monumento megalítico funerário – também designado como “Lapa do Mouro”.
O Dólmen da Barrosa é um dos monumentos megalíticos mais emblemáticos da Península Ibérica.
O seu estado de conservação é impressionante, tornando-se um importante “documento” que informa sobre o fim do terceiro milénio e início do segundo, também conhecido como período Neolítico tardio. Por tudo isto e muito mais, este Dólmen foi classificado como Monumento Nacional, em 1910.
Olho em Espanha
Do outro lado do rio, está A Guarda, a primeira cidade espanhola paraquem ali atravessa a fronteira. Uma forma mais rápida, em interessante, de lá chegar é de barco. O Ferryboat Santa Rita de Cássia é o meio de transporte que faz a travessia entre Caminha e A Guarda.
Os preços são agradáveis (um automóvel de 5 lugares paga 3,5€) e a viagem, em especial com bom tempo, é muito agradável.
Como ir até Caminha
Chegar a Caminha é muito simples. A partir do Porto basta tomar a A28 (com portagens eletrónicas apenas) ou a A3. Nesta última é necessário um ligeiro desvio através da A11. Ambas as vias têm saída directa para Caminha.