Share the post "Cancro do esófago: fatores de risco, sintomas e tratamento"
O diagnóstico de qualquer tipo de doença nunca é fácil. Uma rede de apoio forte e de confiança é essencial para ajudar a ultrapassar as alturas mais conturbadas e para arrancar sorrisos, mesmo nos dias mais difíceis. O cancro do esófago, segundo os estudos que têm sido feitos, é 8º com maior taxa de incidência a nível mundial, com países como a China, Índia ou Japão a apresentarem o maior número de casos.
Cancro do esófago: o que precisa de saber
Tipos de cancro do esófago
Existem dois tipos de cancro de esófago que são tratados da mesma maneira:
a) Escamoso: a origem deste subtipo de cancro do esófago acontece no epitélio estratificado, sendo a doença mais comum no tórax e na cervical. Também pode ser chamado de epidermóide, espinocelular, pavimento-celular ou carcinoma pavimentoso.
b) Adenocarcinoma: surge no epitélio da parte abdominal do esófago, perto do estômago.
Quais os factores de risco do cancro do esófago?
Os especialistas falam em diversos fatores. Os mais comuns são o consumo excessivo de bebidas alcoólicas. Quem bebe mais de três bebidas alcoólicas por dia tem uma maior probabilidade de desenvolver cancro do esófago. Se a esta equação juntar o tabaco, o risco aumenta consideravelmente.
Quem sofre de refluxo gástrico também pode desenvolver cancro do esófago, já que o líquido ácido pode provocar danos no tecido do esófago. Nestes casos, o mais comum é o Adenocarcinoma.
Os especialistas referem, ainda, que a idade pode ter um papel preponderante no desenvolvimento do cancro do esófago, já que é mais comum a partir dos 60/70 anos de idade.
De acordo com os últimos dados, o homens têm mais probabilidades de desenvolver cancro do esófago: o risco aumenta três vezes quando comparado com as mulheres.
Quais os sintomas do cancro do esófago?
Ainda que seja difícil detetar este tipo de cancro na fase inicial, já que os sintomas apresentados podem ser semelhantes a outras doenças, esteja atento aos seguintes fatores:
- Dificuldade ao engolir;
- Dor torácica;
- Náuseas constantes;
- Perda de apetite;
- Tosse ou rouquidão prolongada;
- Perda de peso.
Deteção
Como os sintomas do cancro do esófago são muito semelhantes a outro tipo de doenças, a deteção precoce é bastante difícil. Apenas com uma endoscopia digestiva alta é possível fazer o despiste.
Formas de tratamento
O tipo de tratamento a ser aplicado depende do resultado dos exames e do estado de avanço do cancro do esófago. Esta patologia pode ser classificada em cinco formas:
- Estádio 0: o cancro está apenas circunscrito ao esófago;
- Estádio I: o cancro já atingiu a submucosa;
- Estádio II: nestes casos, o cancro pode ter chegado à camada muscular e ter invadido os gânglios linfáticos, pode ter chegado à camada serosa do esófago ou pode, até, ter invadido um ou dois gânglios da submucosa;
- Estádio III: pode ter chegado a três ou mais gânglios e à traqueia, aorta ou coluna;
- Estádio IV: o cancro do esófago já se espalhou aos órgãos vizinhos, como pode ser o caso do fígado.
Tendo em conta a fase de desenvolvimento do cancro do esófago, os médicos optam por cirurgia, radioterapia ou quimioterapia (pode ser feitas várias combinações de tratamento, dependendo das necessidades do paciente).
Qual a taxa de sobrevivência?
Infelizmente, a taxa de sobrevivência continua a ser baixa e não tem mostrado sinais de aumento nos últimos anos porque o cancro do esófago continua a ser bastante silencioso, o que dificulta o tratamento precoce e eficaz.
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