Todos os anos aumenta o número de pacientes com cancro do rim, uma doença que obriga a um diagnóstico precoce para garantir o maior sucesso possível no tratamento. Só em 2017 esta doença causou a morte a 93 mil pessoas no mundo. De facto, o cancro renal é o segundo mais frequente no que se refere ao sistema urinário, sendo apenas ultrapassado pelo cancro da bexiga.
Embora seja uma doença mais comum entre os homens, é importante compreender que pode afetar qualquer pessoa, assim como a maior parte dos cancros. Por isso mesmo chegou a hora de conhecer as causas do cancro do rim, bem como os seus sintomas e modos de tratamento.
Tudo aquilo que precisa de saber sobre o cancro do rim
No seu estado normal, as células epiteliais que formam a maior parte do rim crescem e dividem-se em novas células sempre que necessário – um processo a que se chama regeneração celular. Contudo, quando as células perdem o mecanismo que lhes permite fazer o seu percurso de vida normal significa que sofreram alterações no seu genoma. Tornam-se, então, células cancerígenas.
Então e como se forma o cancro do rim? Ora, estas células cancerígenas não só não morrem quando se encontram danificadas, como continuam a produzir células novas de forma descontrolada e desnecessária. Ao contrário das células saudáveis, invadem todos os tecidos do órgão e podem mesmo disseminar-se por outras partes do organismo.
Importa referir que só em Portugal o cancro do rim representa cerca de 1,8% do total de tumores malignos, sendo que surgem entre cerca de 600 a 700 novos casos anualmente. No entanto, é importante perceber que existem vários tipos de cancro do rim:
- Tumores de Wilms;
- Carcinomas (o mais comum);
- Sarcomas renais;
- Carcinoma de células de transição.
Curiosamente, geralmente o cancro do rim desenvolve-se maioritariamente em pessoas com idades compreendidas entre os 50 e os 70 anos.
Causas
Embora não existam dados que indiquem com clareza quais as causas do cancro do rim, alguns especialistas defendem que o estilo de vida levado pelo indivíduo pode desempenhar um papel crucial. Assim, o sedentarismo, o excesso de peso, a falta de descanso e a alimentação desequilibrada podem estar na origem da doença.
Sintomas
Infelizmente, e para dificultar o diagnóstico, o cancro do rim raramente provoca sintomas notórios na sua fase inicial. Contudo, à medida que a doença se desenvolve é possível observar sinais que devem deixá-lo alerta:
- Sangue na urina;
- Dor persistente nas costas;
- Dor abdominal;
- Cansaço constante;
- Febre;
- Perda de peso.
Tratamento
No que se refere ao tratamento do cancro do rim, o mais comum é a cirurgia. Trata-se de um procedimento local, que trata o tumor e a área adjacente em simultâneo, e chama-se nefrectomia. Existem diversos tipos de nefrectomia e a escolha depende do estado em que se encontra o cancro – pode ser necessário remover todo o órgão ou apenas uma parte.
Além da cirurgia, o médico tem também à disposição a radioterapia e a quimioterapia. O primeiro trata-se de um tratamento local, enquanto o segundo é uma terapêutica sistémica (afeta o corpo todo).
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