No contexto empresarial, uma boa comunicação é um dos elementos mais valorizados e exigidos a todos os colaboradores. Fala-se da importância de dar feedback, de responder sempre com a intenção de seguimento, e quando isto é feito da maneira certa, os resultados são de tal maneira positivos que existem dicas e regras para garantir uma comunicação eficiente já seja por telefone, email ou entre empregados.
É curioso que estas regras de “etiqueta”, tão importantes nas empresas, parecem ser ignoradas no que toca às candidaturas de emprego. Parem para pensar um minuto sobre o número de anúncios de emprego que já viram, aqueles aos que se candidataram e quantos deles obtiveram resposta, e façam contas.
Será que enviar uma candidatura hoje em dia é como pôr uma mensagem numa garrafa e atirá-la para o mar a espera que um dia alguém a receba?
Se perguntarmos ao Nuno, encontrar um estágio tem sido o seu principal foco desde que saiu da faculdade – um emprego parece nem entrar dentro das possibilidades -. Há meses que envia o curriculum e a respetiva carta de apresentação em resposta a dezenas de anúncios, tanto para Portugal como para o estrangeiro. O resultado? Nenhum. O Nuno continua a fazer constantes alterações ao CV e a procurar novas formas de responder às ofertas de emprego.
Infelizmente, esta situação não se limita a quem tem falta de experiência e procura o primeiro emprego. A Rita é licenciada em Jornalismo há alguns anos e, após várias experiências de estágio e outras tantas a trabalhar por recibos verdes, continua a dedicar uma parte do seu tempo todos os dias para procurar um emprego melhor. Tal como o Nuno, sem resposta – nem sim, nem não.
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Num mundo ideal…
…Gostaríamos de receber uma resposta personalizada, a explicar o porquê de não sermos o candidato que a empresa procura e, de preferência, uma resposta rápida. Mas como temos consciência de que isso não é possível, ficamos satisfeitos com uma resposta “pré-fabricada”, daquelas automáticas que dizem que ficaram positivamente surpreendidos com as nossas qualificações, mas que o nosso perfil não é o que procuram neste momento (é familiar?).
Como é evidente, quem está à procura de emprego ou estágio não ficará satisfeito com um não, mas pelo menos haverá uma certeza de que a candidatura foi recebida e avaliada e, quem sabe, em alguns casos até pode haver algum tipo de feedback que ajude a melhorar a abordagem numa próxima oportunidade.
Caso contrário… para além da mensagem na garrafa também podemos tentar com os pombos-correio.
Por Diana Pereira.
Licenciada em tradução pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Após uma primeira experiência laboral na área de terminologia, atualmente trabalha como estagiária numa empresa de marketing digital.
Licenciada em tradução pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Após uma primeira experiência laboral na área de terminologia, atualmente trabalha como estagiária numa empresa de marketing digital.
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