Certamente já terá reparado que existem várias iniciais e tamanhos para indicar o tamanho e capacidade da bagageira de um automóvel. Mas quais são as diferenças e qual a mais válida?
A capacidade da bagageira é um dos fatores mais importantes no momento de decisão na compra de carro novo, especialmente entre as famílias. Procura-se sempre uma bagageira com muito espaço, versátil, até porque em alguns casos muito espaço não é sinónimo de aproveitamento, seja pelo acesso ou altura, por exemplo.
Mas como se mede uma bagageira de um automóvel e quais são os métodos utilizados? Sabemos que é em litros, mas este método não é o único. E também não é assim tão “líquido”.
É que quando olhamos para a ficha técnica ou catálogo de um determinado modelo, alguns fabricantes indicam a capacidade da bagageira em litros, mas outros também acrescentam as iniciais VDA entre parênteses.
Conheça, assim, três métodos para medir a capacidade da bagageira e as especificações de cada um.
Medir a capacidade da bagageira: 3 métodos
Método VDA
Esta é uma das formas de medição da capacidade da bagageira por parte da associação da indústria alemã VDA (sigla para Verband der Automobilindustrie, de Associação da Indústria Automobilística Alemã).
Esta é a medida, de resto, seguida pelas principais marcas europeias e japonesas. Enche a bagageira com cubos sólidos e com dimensões específicas (200 x 100 x 50 milímetros).
Determina-se a capacidade contando todos os blocos e convertendo em litros, o que deixa de fora volumes não aproveitáveis, como o das dobradiças. Assim, o valor final é o espaço que realmente pode ser usado para colocar bagagens.
Método ISO
O método de medir a capacidade da bagageira, atualmente em desuso, de utilizar água é denominado de ISO. Tem sempre valores mais elevados, porque se utiliza água. Assim, preenche-se todo o espaço, seja ele útil ou não. O problema é que, ao colocarmos malas, por exemplo, o espaço não pode ser aproveitado na totalidade.
A diferença entre os dois métodos descritos é significativa. No lançamento do Peugeot 308, no início de 2012, por exemplo, a marca garantiu que a bagageira era a melhor da categoria, com volume de 430 litros. No entanto, pelo método “VDA”, esse espaço era de 348 litros, conforme a própria marca informou a pedido dos jornalistas.
A norma “VDA” estabelece ainda que, se a medição for feita acima da chapeleira ou do encosto do banco traseiro, deve-se indicar a diferença junto do valor. Tudo porque ao colocar bagagem acima desse limite compromete a visibilidade do condutor e a segurança.
Método SAE
Outro método de medição da capacidade da bagageira é o SAE. Este é essencialmente utilizado pelas marcas americanas. Determina sempre uma capacidade maior em relação ao VDA, já que os blocos de medição são menores e chegam a todos os cantos.