Quando procura um carro usado e pretende concluir o melhor negócio possível, é perfeitamente natural que questione se vale a pena comprar um carro com 100 mil km.
Ao considerarmos que o valor dos veículos usados varia de acordo com a quilometragem, não é de estranhar que um preço mais competitivo esteja associado a um carro com mais quilómetros percorridos.
Contudo, um carro com 100 mil km percorridos, pode condicionar as vendas particulares, havendo inúmeros casos que reportam situações de veículos cuja quilometragem foi alterada.
Fique a saber se vale a pena comprar um carro com 100 mil km e quais os cuidados a ter.
Vale a pena comprar um carro com 100 mil km? Fique a saber
Nenhum carro pode ser totalmente julgado pelo número de kms que percorreu. Por vezes, é o estado de conservação que serve como fator predominante para a concretização de uma venda.
Se se questiona se vale a pena comprar um carro com 100 mil km, a resposta é que, dependendo de uma série de fatores. Pode valer a pena e compensar esse feito. Porém, antes de expormos os cuidados a ter na compra de um carro com 100 mil km, recomendamos que atente nas duas questões seguintes.
O carro é português?
Se procura ter respostas à questão se vale a pena comprar um carro com 100 mil km, primeiramente deve ter em conta uma questão muito importante: será que o carro apresentado tem, efetivamente, apenas os 100 mil km?
Os 100 mil km são um valor relativamente alto que pode prejudicar muitas vendas de veículos usados. Contudo, um carro com mais de 100 mil km torna as vendas ainda mais exigentes. Ora, sendo este um número “inimigo” dos vendedores, o consumidor deverá, antes de mais, procurar obter respostas quanto à verdadeira quilometragem do veículo.
Se o carro usado com 100 mil km for português, o consumidor deverá deslocar-se ao IMT ou visitar o site. Por apenas 30€ (nas instalações, uma vez que se fizer online terá um desconto de 10%), poderá, mediante a apresentação da matrícula do carro, requisitar uma Certidão de Inspeção do IMT, da qual constarão todas as inspeções obrigatórias do automóvel em questão. Este documento será crucial para perceber se a quilometragem que o painel mostra está em coerência com o número de kms reais do carro ou se estes foram alterados e, consequentemente, está perante um negócio fraudulento.
O carro é estrangeiro?
No caso de um carro usado com 100 mil km que tiver o seu registo no estrangeiro, a questão mantém-se: é necessário garantir que ele tenha, realmente, os quilómetros que lhe anunciaram.
Desta forma, aceda aos sites VIN-Info ou ao AutoDNA e introduza o número de identificação do veículo (VIN), que aparece indicado no DUA (Documento Único Automóvel), assim como, em alguns sites de anúncios de venda de automóveis.
Desta forma, conseguirá aceder a todos os processos inerentes ao veículo, pelo que ficará a saber todos os acidentes que sofreu, quantos proprietários já teve, quantos quilómetros possui, entre outras informações.
Uma vez que consiga garantir a quilometragem do veículo e obter o seu histórico, o próximo passo a ter em conta será se o seu estado de conservação lhe dará argumentos positivos.
Outros cuidados a ter
É sabido que, se for bem cuidado, qualquer carro da atualidade pode atingir e ultrapassar perfeitamente os 100, 200 ou, até mesmo, os 300 mil km percorridos. Contudo, é de realçar que raros são os casos em que um veículo passa por estas milestones e se mantém como novo, porque não se pode manter como tal. Porém, um veículo com 100 mil km que esteja bem estimado, pode surpreender qualquer proprietário de um carro com metade dos quilómetros que não preste tantos cuidados à sua viatura.
Desta forma, após perceber qual ou quais os antigos proprietários do veículo, conhecer o histórico de acidentes e perceber a sua quilometragem, deve passar à seguinte etapa: check-up.
Pode valer a pena comprar um carro com 100 mil km percorridos, se o seu estado de conservação for bom e se as manutenções estão em dia.
Atente ainda no tipo de estrada percorrida ao longo dos anos por esta viatura. Um veículo com 100 mil km pode compreender um bom estado de conservação, nomeadamente se a quilometragem elevada corresponder a um condutor habituado a longas viagens nas autoestradas.
Em viagens fora do trânsito das cidades, um carro continua a somar quilómetros, mas não sofre tanto desgaste, pelo que pode reunir melhores condições do que as esperadas para um veículo com 100 mil km. Desta forma, pode denotar menor desgaste dos motores e de outras peças mecânicas, sob termo de comparação com um carro que circula diariamente em zonas urbanas, o qual obterá um maior nível de desgaste, especialmente com a caixa de velocidades e embraiagem.
Para todos os efeitos, hoje em dia, vale a pena comprar um carro com 100 mil km, caso este cumpra os passos e requisitos que mencionámos. É ainda pertinente perceber todo o histórico inerente ao automóvel que pretende adquirir, evitando toda a problemática que este pode causar no seu futuro.