Share the post "Será verdade que o carro perde potência ao longo dos anos?"
Será verdade ou mito que o carro perde potência ao longo dos anos? Este é um tema que já deve ter pensado, sobretudo, se comparar com qualquer peça ou conjunto de peças que, com o tempo, possam entrar em fadiga e comprometer as suas capacidades.
É sabido que o desgaste dos diversos componentes do motor ocorre progressivamente com o passar do tempo, mas será que este desgaste conduz efetivamente à perda de potência dos carros?
Um motor é uma das partes mais complexa de um automóvel, constituído por diversas peças móveis que interagem entre si. Por serem móveis, estão sempre sujeitas à fricção e, por sua vez, ao desgaste.
Porém, nem sempre estas causas são derivadas do mesmo problema e por isso, fique a entender melhor se a perda de potência é uma verdade ou um mito e perceba como deve agir por forma a prolongar o ciclo de vida útil do motor do seu veículo.
Carro perde potência ao longo dos anos: verdade ou mito?
Embora de forma ligeira, a verdade é que a potência dos carros tende a decair com o passar dos anos. De facto, o natural desgaste sentido pelos diversos componentes do motor, acaba por traduzir-se numa redução da inicial potência dos veículos.
Com o aumento da quilometragem percorrida e com o acentuar dos anos do motor, é natural que o desgaste das peças encontre as circunstâncias ideais que facilitam e promovem a perda da potência do carro.
As causas inerentes ao desgaste das peças componentes do motor podem, no entanto, serem diversas. Entre as mais simples, destacam-se as altas temperaturas e a altitude a que cada veículo é exposto. Como a combustão depende da queima da mistura do ar e do combustível, a densidade do ar torna-se essencial para esta ação.
Quanto mais rarefeito for o ar, mais limitada ficará a potência do carro, quer em locais onde a altitude é muita, quer nos dias de muito calor. Assim sendo, quanto mais fresco for o ar, melhor é a potência dos carros.
Como estas causas ultrapassam a intervenção humana, o melhor é desvendar aquelas em que se pode intervir.
Carro perde potência ao longo dos anos? Conheça as razões
Para um motor gerar potência, é necessário que 4 grandes fatores sejam atuados em conjunto: ar (oxigénio), combustível, compressão e ignição (através de uma faísca).
Desta forma, a perda de potência de um motor poder-se-á sentir sempre que um destes fatores comece a falhar.
Ar
Filtro de ar
As manutenções ao filtro de ar são essenciais. Caso um filtro esteja sujo, este irá obrigar que o motor faça um esforço redobrado para filtrar a quantidade de ar necessária à combustão, bem como para limitar a quantidade do ar que cada motor admite por defeito.
Ao entrar menos ar do que seria suposto para dar-se a combustão, o carro irá registar uma menor potência ao mesmo tempo que os consumos irão apresentar valores mais elevados.
Assim sendo, recomendámos limpar ou substituir o filtro de ar. Já nos carros a diesel, a atenção vai para o filtro de partículas.
Escape
Tal como é necessária a entrada do ar para o motor, também se requer que haja o expelir eficaz e rápido dos gases que surgem da combustão.
Gradualmente, os tubos de escape acabam por acumular sujidades que podem levar a corrosões ou acumular de carvão. De igual forma, também os catalisadores podem entupir caso ocorra uma mistura indevida de ar com combustível, ou haja acumulação de partículas.
Combustível
Injetores
Por sua vez, os injetores não requerem limpezas, mas é importante que abasteça o seu automóvel em situações em que este não atinja a reserva. Ao denotar que um carro perde potência ao longo dos anos, é necessário também ter em atenção aos injetores.
Caso haja alguma restrição à injeção de combustível, mesmo que pequena, os sensores de oxigénio podem detetar uma mistura pobre de ar com combustível.
Ao fazê-lo, é adicionado combustível, a fim de compensar. Desta forma, este défice irá resultar numa mistura rica do mesmo, não propriamente necessária para o motor.
Sem que haja algum problema com o injetor, esta mistura rica será vista como desnecessária e poderá conduzir a falhas na ignição, por detetar uma incapacidade do injetor em debitar a requerida quantidade de combustível.
Bomba de combustível
É comprovado que o fator idade tem uma influência direta sobre a bomba de combustível, cuja poderá perder capacidade ao fornecer combustível ao motor, nomeadamente em situações de pressões ou cargas elevadas.
Por obter dificuldade em providenciar o combustível justo e necessário, o motor não irá atingir a potência que deveria.
Para prolongar o seu ciclo de vida, recomenda-se que não circule com pouco combustível e que opte por trocar o filtro de combustível sempre que necessário.
Compressão
Segmentos
Os segmentos são responsáveis por impedir que haja fuga de gases do escape pelo pistão e pelo cilindro. Com o desgaste, os segmentos podem não conseguir garantir a vedação do cilindro, aquando do movimento do pistão. Isto poderá resultar numa perda de potência.
A substituição dos segmentos, requer que se desmonte o motor por completo. Ora esta acaba por ser uma tarefa complexa e cara, pelo que se recomenda que se mantenham os segmentos lubrificados. Para tal, é essencial controlar os níveis de óleo, bem como mudá-lo sempre que necessário.
Válvulas de admissão
Outra das evidências de que um carro perde potência ao longo dos anos é o desgaste das válvulas de admissão. As válvulas podem acumular depósitos de carvão, condicionando a sua performance.
Caso a acumulação seja muita intensa, deve procurar fazer uma descarbornização do motor, com o prejuízo de que as válvulas fechem totalmente, durante a fase de compressão, levando a que o ar escape pela mesma. Isto conduz à redução da taxa de compressão e assim, o carro perde potência ao longo dos anos.
Ignição
Velas
De igual forma, também as velas podem acumular depósitos de carvão, o que se resume em ignições inconstantes e até falhas totais na perda de potência do motor.
A única forma de evitar que isto ocorra, é seguir um plano de manutenções e substituir as velas, sempre que seja necessário.
Então e os carros elétricos?
Já nos motores elétricos, esta situação pode ser contornada, mas os desgastes não deixam de existir. Mesmo sendo mais eficientes em termos energéticos, as baterias – tal como em cada equipamento – podem também perder as suas capacidades com o passar dos anos.
Destacam-se os desgastes, por exemplo, ao nível da capacidade das baterias e dos seus ciclos de carregamento, que se acentuam ao longo dos anos.
Para que não sinta uma perda de potência muito alta, deve fazer as manutenções periódicas, cumprindo com as instruções do construtor.