Os automóveis antigos podem ser uma fonte de investimento. Para começar nesta lide, e antes de dar a conhecer os 10 carros antigos em que vale a pena investir, terá de ter disponibilidade financeira. Pelo menos para a aquisição da viatura e, estar ciente de que o preço a pagar será consoante o estado do automóvel.
Claro que, como diz o ditado popular “o barato sai caro”. Neste caso, quanto mais barata for a aquisição mais terá de se desembolsar na sua recuperação. É quase sempre assim. E, recuperar um automóvel clássico não é fácil. É preciso ter conhecimentos do mercado de peças. Há que ter uma oficina, mecânico, e pessoas hábeis na arte de restauro de carroçarias e estofador, pois o habitáculo por vezes é mais complicado que desamolgar uma porta, ou qualquer outro painel de uma viatura, ou mesmo pintar a carroçaria.
Há também que cumprir alguns trâmites legais relacionados com o automóvel a adquirir e, para isso, muito contribuem as associações de automóveis clássicos, sempre disponíveis a ajudar no processo de legalização ou os grupos de fãs de determinadas marcas, que podem dar dicas e sugestões.
E não esquecer o seguro para a viatura oder circular. A troca de experiências é sempre importante. Há sempre alguém que já passou por esta ou aquela situação e que de alguma forma pode ajudar a resolver algumas situações pela sua similitude.
Lista de 10 carros antigos em que vale a pena investir
Na lista que se apresenta alguns modelos poderão, à primeira vista, parecer serem recentes. É possível que assim seja pois o nosso imaginário, por vezes, não consegue destrinçar rapidamente o ano, ou época em que determinado automóvel surgiu. Será o caso do Volkswagen Golf, uma vez que ainda é produzido. O facto é que os primeiros Golf foram comercializados em 1974. Se procurar um modelo da época já se enquadra e, muito bem, no segmento dos clássicos. Fique então a conhecer 10 carros antigos em que vale a pena investir:
1. Mercedes-Benz 190 SL
Conhecido internamente como W121, o Mercedes-Benz 190 SL é um roadster de luxo que desfilou pelas estradas da Europa entre maio de 1955 e fevereiro de 1963. Elegância é a palavra que melhor define este Mercedes-Benz apresentado pela primeira vez, ainda como protótipo, em 1954, no Salão Automóvel de Nova Iorque. Cabriolet estava ainda disponível com hardtop removível opcional. Algumas unidades participaram em provas desportivas.
2. Peugeot 205 GTi
O Peugeot 205 foi um dos automóveis mais bem-sucedidos da marca francesa nos anos 80/90. A par do Renault Clio e do Citroën AX, curiosamente também franceses, granjeou uma legião de fãs, sendo muito apreciado para provas de ralis. E, o 205 GTI ainda mais, dada a sua potência superior (motor 1.7 16v Turbo que cumpria o sprint 0-100 km/h em 4,3 segundos) e acabamento desportivo que recebia em relação aos demais modelos que constituíam a gama. Mesmo com as caraterísticas desportivas, o 205 GTI apresentava bons níveis de conforto para utilização diária, elemento que jogava a seu favor a par da mecânica fiável e que não dava problemas.
3. Fiat 500
O Fiat 500 é o mítico automóvel italiano. Conhecido também por Cinquencento foi comercializado entre 1957 e 1975 e renascido pela própria Fiat em 2006 (até à atualidade). Trata-se de um carro de sucesso e os primeiros modelos, muito pequenos caraterizavam-se por disponibilizarem quatro lugares e terem motor traseiro. Ninguém lhes ficava indiferente pela jovialidade do design. Atualmente ainda se encontram modelos originais do 500 pelo que a aquisição e restauro só pode resultar num investimento com futuro.
4. Jaguar E-Type
Quando se fala de modelos clássicos, as marcas britânicas, devido à tradição inglesa de qualidade associada ao luxo, recolhem as preferências. Por isso não é de estranhar que nesta lista de 10 carros antigos em que vale a pena investir apareçam três marcas com origem no Reino Unido. A Jaguar é a quarta a figurar nesta lista e propõe-se o E-Type. Um modelo intemporal com assinatura do designer Malcolm Sayer que hoje, tal como no dia em que foi apresentado, desperta paixões. Elegante, personifica a liberdade e o desejo de conduzir com os cabelos ao vento. Foi um sucesso de vendas (mais de 70 mil unidades comercializadas) e sem dúvida um modelo em que vale a pena investir e preservar para o futuro.
5. Volkswagen Carocha
O carro alemão do povo. Um modelo que está também bem presente no imaginário de colecionadores e não só, e que até há bem pouco tempo foi comercializado com a designação de Beetle. O Carocha original atraiu e atrai uma legião imensa de fãs em todo o mundo, particularmente no Brasil onde é chamado de Fusca. Existem encontros periódicos de clubes automóveis deste modelo e muitos acabam não só recuperados mas também transformados em irreverentes Buggy. A mecânica é do mais simples e, além disso, os motores são muito fiáveis.
6. MGB
A MG – Morris Garages – é uma marca britânica fabricante de automóveis desportivos que remonta ao ano de 1920. Sob a sua marca e, mais tarde como MG Rover, são conhecidos modelos como Austin Rover’s Metro, Maestro ou Montego. Mas, são os modelos como MGB com produção entre 1962 e 1980 que mais atraem os apaixonados por clássicos. Trata-se de um cabriolet, de dois lugares, com design refinado. Com proporções muito equilibradas, conheceu várias variantes como o MGB GT de duas portas, 2+2 coupé ou o roadster coupé MGC, com motor de 6 cilindros ou o mais possante MGB GT V8 (1973-1976), equipado com motor de oito cilindros. Um cabriolet em que vale a pena investir por, apesar dos anos, ainda se manter atualizado.
7. Citroën 2CV
O Citroën 2 CV é o ícone da marca francesa. Popular naquele país tem várias aparições em cinema nomeadamente nos filmes de Louis de Funès ou de James Bond, o espião de Sua Majestade. À semelhança do VW Carocha, o 2 CV tem mecânica muito simples, conheceu diversas variações de carroçaria, lançadas pela própria marca e também é muito popular. Os diversos clubes de fãs organizam periodicamente encontros destes modelos para mostrar os restauros efetuados. Como vantagens tem o conforto, economia e a facilidade de condução.
8. Mazda MX-5
MX-5 na Europa, Eunos no Japão e Miata nos Estados Unidos da América. Este Mazda é um verdadeiro campeão de vendas e tem clubes de fãs em todo o mundo. Desde a estreia em 1989, no Salão Automóvel de Chicago, que o MX-5 conquistou um lugar de referência no segmento dos roadster. Dois lugares, motor frontal e um design que, ao longo dos anos tem sofrido evolução, são a receita do sucesso. Com 30 anos a somar êxitos, e uma versão especial 10th Anniversary, o MX-5 reúne todos os ingredientes para integrar a lista de 10 carros antigos em que vale a pena investir.
9. Volkswagen Golf
1974 marca o arranque da produção do Golf. Depois do Carocha o Golf pode ser considerado o novo carro do povo. Com oito gerações, é um dos modelos mais populares de origem alemã e um automóvel em que vale a pena investir quando se pensa em adquirir um clássico. Não só pela história que carrega, mas também fiabilidade e qualidade que os primeiros modelos apresentavam em comparação com os seus congéneres. Simples, mas eficaz.
10. Mini
O Mini, desenhado por Sir Alex Issigonis, surgiu, em 1959, na Grã-Bretanha, devido à escassez de combustível causada pela crise de Suez de 1956. O racionamento de gasolina implicou a quebra de vendas dos grandes automóveis. Pequenos automóveis despontavam na Alemanha, na Itália surgia o Fiat 500 e na Grã-Bretanha o Mini ganha protagonismo. Desde logo o Mini torna-se um ícone da cultura e do estilo de vida dos britânicos nos anos 60. Por isto, e pelo muito que fica por dizer, o Mini fecha esta lista de 10 carros antigos em que vale a pena investir. E claro, ter na garagem para ao fim-de-semana, ou em dias especiais dar uma voltinha.