A reputação dos carros a diesel está a descer a pique: quem não se lembra do escândalo do dieselgate? As metas para o controlo efetivo das emissões de gases poluentes é cada vez maior e parece que nos próximos anos as normas que os veículos terão de cumprir continuarão a ser bastante apertadas.
Segundo um estudo da Goldman Sachs, para que os carros a diesel consigam cumprir com as novas regras, os custos de produção vão aumentar cerca de 300€ por veículo. Assim sendo, será que vale mesmo a pena comprar carros a diesel? Na altura de trocar de veículo pense duas vezes antes de avançar com o negócio.
Carros a diesel: impacto na sua saúde
Gases emitidos são cancerígenos
Nos últimos anos têm-se multiplicado os estudos sobre os malefícios do gasóleo para a saúde humana. De acordo com especialistas da Organização Mundial de Saúde (OMS), os gases emitidos pelos carros a diesel são “cancerígenos para o ser humano”.
A conclusão chegou depois de mais de uma década de classificação dos gases provenientes de motores a diesel. Assim sendo, estes passam a integrar a mesma categoria que ocupa o álcool, arsénio, tabaco, entre outros.
Gases emitidos potenciam doenças cardiovasculares e respiratórias
Em setembro de 2017, uma equipa de investigadores da Áustria, Noruega e Suíça concluíram que o excesso de emissões de óxido de nitrogénio, componente cancerígeno presente nos motores destes carros, é responsável pela morte prematura de 10 mil pessoas, só na Europa, todos os anos.
De acordo com os mesmos investigadores, metade dessas mortes resulta de doenças cardiovasculares e respiratórias.
Mas há mais: vertigens, asma, fadiga e ansiedade também são consequências possíveis da exposição prolongada a estes poluentes. Segundo os últimos dados, 30% dos europeus estão em risco elevado já que vivem em cidades expostas a níveis de poluição que excedem os padrões estabelecidos pela União Europeia (UE).
Alterações climáticas são prejudicadas pelos carros a diesel
Segundo alguns investigadores na matéria, entre eles especialistas portugueses da Universidade de Lisboa e da associação ambientalista Quercus, a troca de carros a diesel por modelos mais ecológicos abrandaria os efeitos de estufa e a destruição da camada do ozono.
Esta substituição ajudaria a melhorar a qualidade da “saúde” das cidades, já que a fuligem provocada pela combustão do gasóleo diminuiria, tendo impactos positivos na qualidade do ar respirado por todos nós (diminuindo os casos de problemas respiratórios e potenciando o controlo efetivo do aquecimento global).
Segundo a Federação Europeia Transport&Environment, um carro a gasóleo emite mais 9% de dióxido de carbono para a atmosfera do que um carro a gasolina. Feitas as contas, a substituição por veículos mais ecológicos teria, por isso, um impacto significativo para o ambiente e para a saúde humana.
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