Share the post "Alta voltagem: os carros elétricos mais potentes do mercado"
Os veículos elétricos têm natural enfoque ecológico e ritmos mais brandos. Estes veículos têm, porém, características que lhe permitem ter, em determinados aspetos, comportamento desportivos.
A razão para tal é o facto de os motores terem disponível a totalidade do binário desde o arranque, o que lhes permite transmitirem uma sensação de pujança nos arranques.
Quando ligamos uma lâmpada em casa, carregamos no botão e a luz liga-se instantaneamente, certo? É precisamente isso que sucede nos veículos elétricos. Pelo contrário, os motores a combustão interna obrigam o condutor a usar a faixa de rotação para atingir o binário e potência máximas.
Marcas tradicionais com desportivos 100% elétricos
Conscientes desta realidade, muitos construtores aproveitam-na para o desenvolvimento de superdesportivos que em nada ficam a dever aos automóveis a combustão. Com isso, as marcas não só cumprem requisitos de emissões médias de todos os automóveis que vendem (todas as tecnologias), como “chamam” para a eletrificação purista do setor automóvel para quem um elétrico era, num passado não muito distante, algo de que fugiam a sete pés.
Aqui a Tesla teve um papel importante, mas já não há marca tradicional que não tenha, em produção ou desenvolvimento, opções 100% elétricas de superdesportivos. Além disso, abre-se espaço para construtores de nicho venderam ofertas com um número reduzido de unidades produzidas.
Atenção que um carro elétrico pode parecer mais potente do que um equivalente com motor de combustão com a mesma potência, dada a rapidez de arranque. Na velocidade máxima não há grandes diferenças. No que existe, sim, é nos percursos a realizar. Se os motores a combustão podem ser maratonistas, os elétricos, à luz da tecnologia atual, são mais corredores de curta distância, dado que começam a perder um pouco de seu entusiasmo inicial a altas velocidades sustentadas (além de perderem autonomia e em alguns casos, devido ao aquecimento, entrarem em “safe mode”).
Estes superdesportivos elétricos são diferentes, mas são, também, símbolo de grande diversão. Deixamos-lhe aqui uma seleção alguns dos carros elétricos mais potentes do mercado.
Aston Martin Rapide E
Se até o conservador agente secreto James Bond troca o carro a combustão, todos podemos fazê-lo, certo? Não sabemos. Mas é, claramente, essa a ideia da Aston Martin com o Rapide E, que a personagem interpretada por Daniel Craig usa no mais recente filme da saga 007.
O Aston Martin Rapide E é um coupé de quatro portas e o primeiro elétrico da marca inglesa. Com apenas 155 unidades a serem vendidas por um preço a rondar 280 mil euros, o desportivo cumpre os 0-100 km/h em quatro segundos e atinge uma velocidade máxima de 250 km/h. A autonomia é de 320 km e o carregamento mais rápido leva três horas.
Lotus Evija
O agente secreto ao serviço de Sua Majestade costuma conseguir o impossível, mas o título de automóvel elétrico mais potente desta nossa seleção fica nas mãos de outra casa mítica britânica: a Lotus, que desenvolveu o Evija. Embora a marca ainda não tenha revelado detalhes concretos, o modelo deverá, de resto, ser mesmo o veículo elétrico mais potente do mundo, com 2000 cv (leu bem). Cumprirá a distância dos zero aos 100 km/h em menos de três segundos (não é o mais rápido desta lista porque é “tramado” pelo peso) e conseguirá uma velocidade máxima de 320 km/h.
Se está interessado corra, porque a Lotus só irá produzir 130 unidades do Evija. O preço? Cerca de 1,7 milhões de euros.
Nio EP9
A Nio já foi chamada a “Tesla da China”. Com o seu modelo EP9, a marca mostra ao que vem. Este superdesportivo tem uma velocidade máxima de 314 km/h e 1340 cv de potência, com os clássicos 0-100 km/h a serem cumpridos em apenas 2,7 segundos. O modelo tem autonomia de 427 km e a carga completa demora 45 minutos (tem ainda um sistema de bateria intercambiável, com o processo de troca a ser feito, segundo a marca, em oito minutos).
O Nio EP9 também é autónomo e estabeleceu, em 2017, o recorde para a volta mais rápida (2m40s) de um veículo sem condutor circuito das Américas. Para já, a versão pilotada ainda leva, contudo, vantagem (2m11s) para percorrer os 5,5 km da referida pista. A marca pretende produzir 16 unidades do Nio EP9 a um milhão de euros cada.
Pininfarina Battista
O Pininfarina Battista é um elétrico de 1900 cv (o modelo italiano mais potente de de sempre) e, graças aos seus quatro motores, pode chegar a 100 km/h em menos de dois segundos e aos 300 km/h em 12 segundos (a velocidade de topo é de 350 km/h). A Automobili Pininfarina diz que a autonomia é de cerca de 480 km.
O nome do modelo remete para fundador da empresa, Battista “Pinin” Farina, que fundou a Pininfarina em 1930. Serão produzidas 150 unidades do Battista a um preço de 2,1 milhões de euros.
Porsche Taycan
A berlina de quatro lugares Taycan é o primeiro Porsche 100% elétrico, mas não quer deixar de dar tudo no que se refere à emoção. A versão de topo do Taycan, a Turbo S, gera até 560 kW (761 cv) de potência (em overboost em combinação com o Launch Control), e o Taycan Turbo chega até 500 kW (680 cv). O Taycan Turbo S acelera dos zero aos 100 km/h em 2,8 segundos, enquanto o Taycan Turbo completa esta prova em 3,2 segundos.
O Turbo S tem uma autonomia de 412 km e o Turbo de 450 km (de acordo com o ciclo WLTP nos dois casos). A velocidade máxima de ambos os modelos de tração integral é de 260 km/h.
O Taycan é o primeiro veículo de produção com uma voltagem de 800 volts, ao invés dos habituais 400 volts para automóveis elétricos. Em apenas cinco minutos, a bateria pode ser recarregada através de corrente contínua (DC) a partir das estações de carregamento da rede de alta potência para uma autonomia até 100 km (WLTP).
Taycan Turbo S e Taycan Turbo custam, respetivamente, 192 661, euros e 158 221 euros.
Rimac Concept 2
A croata Rimac lançou em 2011 o Concept 1, com 1224 cv, do qual vendeu 88 unidades até 2018, ano em que lançou o sucessor Concept 2. Este debita uns impressionantes 1914 cv, que lhe permitem atingir os 100 km/h em apenas 1,85 segundos e os 160 km/h em 4,3 segundo, com uma velocidade máxima a rondar 400 km/h.
A autonomia (a ritmos mais baixos do que os números que escrevemos acima) anunciada para o Concept 2 é de quase 650 km. O carregamento até 80% num posto rápido de 250 kW demora 30 minutos.
A Rimac comercializa o Concept 2 por 1,8 milhões de euros e prevê produzir 150 unidades deste superdesportivo elétrico.
Tesla Model S Performance
Organizámos este artigo por ordem alfabética, mas a Tesla mereceria ou ficar no início ou no fim, dada a importância que tem na eletrificação automóvel, em concreto no que à experiência premium e desportiva se refere. E se há modelo que contribuiu para isso foi o Model S Performance. Esta variante debita 613 cv, levando a berlina aos 100 km/h em 2,4 segundos e a uma velocidade máxima superior a 260 km/h.
A autonomia a ronda 550 km e nos supercarregadores Tesla, garantem desde a marca, recarrega energia para mais 200 km em apenas 15 minutos. Custa 110 mil euros em Portugal, o que faz o modelo a unidade com preço menos estratosférico desta nossa seleção.
Tesla Roadster
A nova geração Tesla Roadster tem chegada anunciada pela marca californiana para breve. Este novo Roadster (o original foi o primeiro modelo da Tesla, lançado em 2008, e tinha como base o Lotus Elise) tem quase todos os dados ainda no segredo dos deuses, como a marca de Elon Musk gosta de fazer. Os primeiros dados apontam para que seja capaz de atingir velocidades máximas superiores a 400 km/h a atinja os 100 km/h em 1,9 segundos.
Com um PVP de 250 mil euros, o Tesla Roadster tem a maior autonomia desta seleção: quase mil km.