Share the post "Carros italianos mais marcantes da história: conheça 15 clássicos"
Itália foi o berço do renascimento e o sentido estético ficou desde então. Ainda hoje, alguns dos mais importantes designers e estilistas têm origem italiana. Isso é, claro está, expansível aos automóveis onde o design e o desportivismo fazem com que o país seja uma das potências mundiais do setor. Os carros italianos mais marcantes da história, em particular os carros desportivos e de luxo, são conhecidos mundialmente pelo seu design e pela sua velocidade.
Enquanto outros construtores se preocupam sobretudo com a eficiência e funcionalidade dos seus carros, os italianos seguem o seu coração e as emoções na hora de construir um carro. E quando a emoção se sobrepõe à razão, nem sempre temos carros bons, mas é um dado adquirido que teremos carros lindos.
Os carros italianos tiveram os seus primórdios em 1884, quando Enrico Bernardi construiu o primeiro triciclo a gasolina, e um império de sucessos foi fundado nesse dia. A primeira marca de carros italiana foi a Fiat, fundada em Turim no ano de 1889, e hoje em dia é uma das maiores construtoras mundiais.
O grupo detém a Ferrari, Maserati, Alfa Romeo, Dodge, Jeep, Chrysler e Iveco e é responsável por 90% das vendas de carros deste país, que é a 5ª potência a nível mundial na produção de automóveis.
Conheça, então, os 15 bólides que deixaram o maior legado no país da “bota”. Conheça os 15 carros italianos mais marcantes da história.
15 carros italianos mais marcantes da história
Lamborghini Diablo
Para quem nasceu nos anos 80, este era um dos seus supercarros de sonho. Produzido entre 1990 e 2002, o Diablo tinha nome de um touro espanhol, como é tradição nesta marca. Para além disso, era impulsionado por um motor V12, dono e senhor de um som fantástico, sobre o qual chegaram a dizer que era como se fosse “Belzebu a limpar a sua garganta”.
Sem surpresa, também o design imponente do Lamborghini não deixa ninguém indiferente.
Lancia Delta Integrale
“Se o seu carro não é um Lancia, lance-o fora”, era o que dizia uma campanha publicitária antiga da marca italiana. Em relação aos modelos de estrada não sabemos, mas no que à competição diz respeito, houve um período em que a frase poderia quase fazer sentido e o Lancia Delta Integrale foi um dos grandes exemplos disso. Assim, entra na lista dos carros italianos mais marcantes da história.
É, provavelmente, o modelo mais famoso da Lancia e uma verdadeira lenda dos ralis e marcou uma era dourada da modalidade, tornando-se numa autêntica peça de coleção e paixão. Só o Rali de Portugal venceu quatro vezes (1988, 1989, 1990 e 1992).
O Delta foi idealizado, a princípio, pela marca italiana para competir na categoria de ralis Grupo B. Porém, quando esta foi extinta, a Lancia deixou de projetar este carro a pensar na competição e virou-se para as estradas, como a nova categoria máxima dos ralis, o Grupo A. Nascia, assim, na versão Delta Integral (de tração integral) um dos maiores ícones da história do automobilismo, e um dos automóveis italianos mais marcantes de sempre.
Alfa Romeo Spider
Este é um dos descapotáveis mais icónicos de sempre. O nome ainda persiste na Alfa Romeo, mas as quatro gerações originais, produzidas entre 1966 e 1993, são as mais apaixonantes. Os dois lugares, tração traseira e motor à frente abrem o apetite.
Para além disso, o design faz o resto e explica porque o Spider é um dos carros italianos mais especiais da história. Como sucessor do Giulia Spider, manteve-se em produção por quase três décadas.
As três primeiras séries foram montadas pela Pininfarina em Grugliasco e a quarta série em San Giorgio Canavese. O último Spider foi fabricado em abril de 1993, sendo o último Alfa Romeo de tração traseira antes do 8C Competizione, em 2007.
Fiat 500
Este citadino foi lançado em 1957 e produzido até 1975. Foi um dos responsáveis pela democratização da mobilidade em Itália e em outros países, entre os quais Portugal. Foi sempre um automóvel especial, de tal maneira que, em 2007, ou seja nos 50 anos do modelo original, a Fiat reinterpretou o 500 e projetou o que seria este carro na era moderna.
Tornou-se, então, de novo, o best-seller da marca transalpina. O Novo Fiat 500 já vai, de resto, em segunda geração, 100% elétrica (o anterior mantém-se em comercialização com motor a combustão e híbrido).
Lancia Stratos
Se há um modelo que faz sombra no universo Lancia à presença do Delta Integrale nos ralis é este. Aliás, o percurso da Lancia nos ralis começou alguns anos antes com o Stratos. Trata-se, por isso, do primeiro carro construído especificamente para esta competição automóvel.
O Stratos ganhou o campeonato do mundo de ralis em 1974, 1975 e 1976. Foram produzidas apenas 492 unidades do modelo o que contribui ainda mais para que este seja um dos carros mais marcantes de sempre de Itália (e do mundo).
Há, no entanto, uma reinterpretação contemporânea do Stratos. Foi apresentada no Salão Automóvel de Genebra de 2019 pela Manifattura Automobili Torino (MAT) e está limitada a 25 unidades. Para além disso, a MAT contou para o desenvolvimento do modelo com o contributo do milionário alemão Michael Stoschek, ex-piloto de ralis que preside ao Brose Group (um grande fornecedor da indústria automóvel) à Pininfarina (apesar do Stratos original ser da concorrente Bertone).
Tem como base um Ferrari 430 Scuderia. Quando dizemos como base, significa que os interessados num novo Stratos têm de comprar um 430 Scuderia para este ser transformado.
Ferrari F40
Este é um dos melhores carros do mundo, se não mesmo o melhor. Foi o último carro que Ferrari Enzo, fundador da marca, aprovou em vida. Foi também o primeiro carro a atingir os 320km/h, tudo isto sem qualquer ajuda eletrónica, isto é, sem ABS, sem airbags, sem controlo de tração, sem direção assistida.
Este carro tem a ligação perfeita entre o homem e a máquina e, talvez por isso (e por ser extremamente bonito), seja considerado o melhor carro de sempre.
Lamborghini Countach
Este carro foi o antecessor do Diablo e, tal como este, ninguém ficava indiferente quando via um destes carros passar. Este foi o primeiro carro da Lamborghini a utilizar linhas e ângulos retos no seu design, realçando, assim, a agressividade dos seus modelos.
Na parte frontal, os faróis que se erguiam sob o capot bem típicos desta era eram uma das características mais distintivas deste modelo.
Maserati Sebring
Pode ter nome de uma região dos Estados Unidos, mas é bem italiano. Este carro é um dos mais bonitos alguma vez construídos pela marca do tridente, e as suas características tornavam-no num “grand tourer” perfeito. Foram produzidas apenas 593 unidades entre 1962 e 1968, fazendo deste carro, por isso, um dos mais únicos da Maserati.
Lancia Fulvia Coupé
Se hoje em dia a Lancia está às portas da falência, fabricando apenas o Lancia Ypsilon e vendendo-o apenas em Itália, outrora foi uma das principais construtoras mundiais.
Para além dos já referidos Delta Integrale e Stratos, o Fulvia Coupé foi também um dos carros mais bonitos alguma vez construídos, e um dos carros italianos mais marcantes da história, merecendo por isso um lugar de destaque nesta lista.
Ferrari Testarossa
Quem viveu nos anos 1980 sabe que se há um ícone dos automóveis desportivos dessa década, esse ícone é o Ferrari Testarrosa. Este superdesportivo de duas portas teve estreia no Salão do Automóvel de Paris em 1984 e logo se destacou pelo design Pinifarina revolucionário para a época (continua a ser revolucionário, aliás). O grande destaque continuam a ser as enormes entradas de ar nas laterais, que servem para refrigerar os radiadores, iniciam-se nas portas e terminam no guarda lamas traseiro.
Com motor atmosférico (isto é, sem turbo), monta motor 4.9 de 12 cilindros de 390 cv. O motor tem posição central traseira (motor entre os eixos, mas atrás da cabine) e a caixa de velocidades manual de cinco marchas está montada na traseira. Esta configuração mantém o centro de gravidade no meio do automóvel, resultando numa excelente distribuição de 40%-60% (frente-traseira). Acelera até 100 km/h em 5,8 segundos e tem uma velocidade máxima do Testarossa é de 290 km/h.
O Testarrossa original foi produzido até 1991 e contou com dois restylings comercializados sob a designação 512 TR e F512 M. Tinham várias alterações técnicas, com destaque para a distribuição de peso e para a potência (que aumentou para 422 e 434 cv, respetivamente).
Ferrari Enzo
Adoptando o nome do fundador da marca do cavalino rampante, o Enzo era considerado melhor carro da sua época. Construído para celebrar Enzo Ferrari, a marca italiana adoptou grande parte da tecnologia usada nos carros de Fórmula 1 para criar este verdadeiro carro de corridas para a estrada.
A construção deste carro foi limitada, e apenas foram produzidas 400 unidades, que só podiam ser compradas a convite da Ferrari.
Maserati MC12
Baseado no mesmo chassis e motor do Ferrari Enzo, mas sem qualquer luxo, esta é a definição do MC12. A Maserati, aproveitou o facto de pertencer ao mesmo grupo que a Ferrari, pegou no melhor super carro da marca do cavalinho e criou uma versão totalmente focada nas pistas.
Sem qualquer luxo (não tinha sequer rádio nem ar condicionado), este carro exótico é um bólide extremamente rápido (e desconfortável por sinal), mas ainda assim, lindo e imponente.
Pagani Zonda
Quando, em 1992, Horacio Pagani fundou a Pagani, disse que queria construir os carros mais bonitos do mundo e, na verdade, na nossa opinião, se não construiu o mais bonito, construiu um dos mais bonitos.
A Pagani inspirou-se em mulheres para construir os seus carros, que segundo o Sr. Horacio, são a “più bella cosa” que existe na terra. O Zonda tem umas óticas frontais inspiradas nos olhos de uma mulher, e uma traseira mais larga do que a parte da frente, simbolizando as ancas de uma mulher.
Além da componente estética, o motor V12 de 7.3L desenvolvido pela AMG debita mais de 600 cavalos.
Lamborghini Miura
Este é considerado pelos historiadores o primeiro verdadeiro super carro. Não só pela potência, mas também pelo look, porque um verdadeiro super carro não é apenas aquele que é muito rápido, mas aquele que se pode usar diariamente e que não deixa ninguém que o vê passar indiferente à sua presença.
Outra das características que diferenciaram este carro dos demais era o facto de o Miura ter sido o primeiro a ser equipado com um motor central, distribuindo melhor o peso do carro, tornado melhor a sua performance.
Ferrari LaFerrari
Por último, mas não menos importante, o LaFerrari. Este é considerado um dos melhores Ferrari de sempre, e a aliteração não é acidental. É que, traduzindo à letra, Ferrari LaFerrari significa Ferrari O Ferrari, ou seja, este é o verdadeiro Ferrari, a demonstração de potência e beleza que só esta marca italiana consegue produzir.
Este carro não só é extremamente rápido como foi muito importante para a história do automobilismo. Numa altura em que o planeta sofre cada vez mais com a poluição causada pelos automóveis, e muitos céticos acham que os elétricos não são a salvação para o mundo, a Ferrari construiu este carro que alia a potência de um motor V12 à potência elétrica, utilizando muitos dos componentes utilizados pelos carros de Fórmula 1 atuais (à semelhança daquilo que fez o Ferrari Enzo).
Este híbrido tem perto de 1000cv de potência, e mesmo assim consegue consumir menos do que alguns carros “normais” a combustão, mostrando que a eletricidade pode tornar os carros mais rápidos e menos poluentes, mas não necessariamente mais aborrecidos.