Nos automóveis, há defeitos e defeitos. Uns obrigam a constante deslocação à oficina (e consequente “rombo” na carteira), outros são mais graves e colocam em risco a segurança. Neste sentido, deixamos aqui uma lista dos carros mais perigosos de conduzir de todos os tempos e o porquê.
É certo que atualmente os carros novos passam por um sem número de testes (repetidos e completos) para garantir que sejam tão seguros quanto o possível. Infelizmente, isso nem sempre é suficiente para evitar tragédias ou enormes sustos para condutores e proprietários.
Embora estes sejam os carros mais perigosos de conduzir e já não estejam à venda, a verdade é que alguns ainda podem ser encontrados facilmente no mercado de usados.
Os 10 carros mais perigosos de conduzir
BMW Isetta
O Isetta foi a tentativa da BMW em fazer um carro acessível a todos. Foi descontinuado por diversos factores, entre os quais pela sua arquitetura considerada insegura.
Este estranho veículo tinha a porta colocada na frente e, em caso de colisão frontal, essa era toda e única proteção que os passageiros podiam contar. Também era a única porta do veículo e, às vezes, bloqueava os ocupantes no interior quando danificada, tornando-se uma potencial armadilha mortal em caso de incêndio.
Além disso, não era capaz de garantir a integridade dos ocupantes devido à fragilidade e proximidade da carroçaria (leia-se chapa) com os ocupantes. Qualquer toque teria consequências físicas para os ocupantes.
Fiat Punto
O Fiat Punto entra para esta lista dos carros mais perigosos de conduzir, pois tem um triste recorde: é o único carro do mundo com 0 estrelas no EuroNCAP.
Olhando para os carros desta lista não é que seja o pior, mas sendo um carro moderno, que estava à venda até 2017, não estava à altura do que se exigia.
Se procura um carro compacto relativamente novo com boa segurança geral, não recomendamos este modelo.
Proton Arena
Felizmente, esta pick-up compacta nunca chegou ao mercado europeu, mas foi o melhor carro da Proton internacionalmente, ou o mais popular. Fabricado na Malásia desde 2002, tinha 4,45 metros de comprimento e pesava apenas 1.045 quilos.
Por ser uma pick-up com tração dianteira, o Arena tinha a tendência de seguir em frente quando se deparava com curvas. Se batesse em alguma coisa, a morte estava garantida.
Quando os australianos decidiram fazer um teste de colisão, ficou-se por uma estrela (em cinco).
Ferrari 458 Italia
É um dos mais desejados modelos da Ferrari dos últimos tempos, mas também um dos que mais aquece. Tanto que deu origem a vários incêndios. Ao todo foram registados pelo menos 1.248 incêndios.
O problema encontra-se num adesivo especial utilizado nos guarda-lamas. O adesivo, por estar próximo do escape, entraria em combustão, causando incêndios.
A Ferrari corrigiu o problema ao trocar o adesivo inflamável por uma peça metálica.
Chevrolet Cobalt
O Cobalt teve um problema na ignição, que fazia com que o motor deixasse de funcionar a qualquer momento, causando milhares de acidentes nos Estados Unidos.
O problema era conhecido pela General Motors, que tentou escondê-lo.
Ford Bronco II
Este icónico “jipe” foi construído na mesma plataforma da Ford Ranger, uma pick-up alta e estreita com uma distância entre eixos curta, algo que o tornava propício a capotar.
Um estudo realizado em 1990 descobriu que, anualmente, 70 pessoas perderam a vida por capotamento com modelos Bronco. Pouco depois, o modelo foi retirado do catálogo em detrimento do Ford Explorer, mais comprido.
Por isso mesmo, também ele entra na lista como um dos carros mais perigosos de conduzir.
Yugo GV
A vida útil deste veículo sérvio era de cerca de 50.000 quilómetros, e a construção era tão má que simplesmente conduzir o carro causaria a queda de peças devido às vibrações.
Pior do que tudo, qualquer colisão frontal levaria o motor a recuar para o interior, atingindo os ocupantes.
A falta de segurança e robustez ficou em evidência e tornou-se notícia quando a jovem Leslie Ann Pluhar parou o seu Yugo azul de 1987 na ponte Mackinac, no Michigan, e uma rajada de vento na ordem dos 88 km/h atirou o carro abaixo da ponte. A jovem acabou por não sobreviver.
DeLorean DMC-12
O DeLorean estará para sempre associado ao conceituado filme “Back to the Future”, e lembrado com carinho como a máquina do tempo usada pelo personagem principal, Marty McFly (Michael J. Fox), para viajar no tempo.
No entanto, o que os espectadores se devem ter esquecido rapidamente é que o DeLorean DMC-12 foi usado como uma piada no filme. Só ver o DeLorean nos grandes ecrãs já é deveras cómico devido à história infame do automóvel.
O modelo DMC-12 foi o único automóvel produzido pela Delorean Motor Company e revelou-se um enorme fracasso devido à sua carroçaria aço inoxidável, o que significava que, em caso de acidente, os resultados eram catastróficos.
Além disso, as portas “asa de gaivota” tornaram-se uma armadilha mortal para seus ocupantes, pois em caso de capotamento não tinham forma de sair do interior.
Ford Pinto
O Ford Pinto tirou a vida a mais de 900 pessoas devido a rotura do depósito de combustível quando sofria um acidente.
A Ford não queria gastar 1 dólar numa peça que evitasse a rotura e, em 1977, foi descoberto que o construtor estava ciente do defeito e que se recusava a corrigi-lo, levando a ações judiciais individuais. Em 1978, a peça foi instalada.
Porsche 901
O 901, como quase todos os 911 da “velha guarda”, são conhecidos pelo seu comportamento irrequieto e à prova de erro. A explicação encontra-se na configuração do motor traseiro e o peso reduzido, ostentando uma direção imprecisa e enorme sobreviragem.
Para suavizar o comportamento e torná-lo mais dócil, a Porsche instalou pesos de aço no para-choques até a entrada do 930, quando a aerodinâmica foi aprimorada.