Em todo o mundo, são incontáveis os casos de cataratas, mas apesar de ser uma doença difícil de evitar, é possível acompanhar a sua evolução, tratar e impedir danos irreversíveis na visão. A chave está no diagnóstico precoce. Descubra o que são , as suas causas, sintomas e tratamentos.
Catarata ocular: o que é?
Um quadro de catarata ocular é caraterizado pela perda gradual e progressiva da transparência do cristalino, que não é nada mais do que a lente natural do olho. Embora os sintomas iniciais possam apresentar-se de forma ténue, o desconforto aumenta com a evolução da doença, tornando-se mais intenso.
Os primeiros sinais a ter em conta são fotofobia ou intolerância à luz, visão turva e redução da visão noturna.
Em linhas gerais, com o passar dos anos e o avanço da idade, o cristalino assume uma aparência mais opaca e turva e, de forma progressiva, afeta a visão e dificulta a vida de quem sofre com o problema. O envelhecimento é a causa mais habitual para o aparecimento das cataratas, mas há outras razões que podem desencadear o problema.
O cristalino
Para entender melhor o que é a catarata ocular, é importante saber mais sobre o cristalino, que tem um papel fundamental na formação da imagem na retina. Esta lente natural do olho permite que este foque a imagem em vista, seja para objetos próximos ou distantes. É o que se chama acomodação.
Caso exista alguma alteração no cristalino, toda a construção de imagens na retina fica comprometida e a visão sofre com isso, perdendo gradualmente a sua qualidade.
A evolução
O processo de desenvolvimento das cataratas oculares pode ocorrer de formas distintas. A evolução pode ser bastante lenta ou, pelo contrário, acelerada. Chega, então, uma altura em que é preciso recorrer a uma intervenção que corrija o problema e restabeleça as funções visuais normais.
Causas possíveis
Sabe-se que a causa mais comum para o aparecimento das cataratas nos olhos é o processo natural de envelhecimento, que acontece a partir do 45 anos. Os sintomas tendem a aparecer após os 60 anos.
Contudo, há outros motivos que podem estar na sua origem, como as cirurgias intra-oculares (a cirurgia de glaucoma é um exemplo), diabetes, doenças renais, inflamações e infeções oculares, ou mesmo o uso de medicamentos mióticos e corticosteroides.
Sintomas associados
- Visão turva
- Redução da sensibilidade ao contraste
- Dificuldade em diferenciar as cores
- Fotofobia ou alta sensibilidade à luz
- Visão dupla num dos olhos
- Dificuldade agravada em ver à noite
Cataratas: tipos
A catarata ocular pode existir já ao nascer, desenvolver-se durante os primeiros 6 meses do bebé, ou ser adquirida com o passar dos anos, no processo de envelhecimento.
Pode estar relacionada com a idade ou ser uma catarata patológica (derivada das infeções e inflamações oculares), metabólica (provocada por doenças como a diabetes), radioativa ou iatrogénica. Por esta razão, há diversos tipos:
- Catarata incipiente
- Catarata senil
- Catarata subcapsular
- Catarata subcapsular posterior e anterior
- Catarata nuclear
- Catarata cortical
- Catarata traumática
- Catarata congénita
Tratamento
A catarata ocular não tem cura. Porém, se diagnosticada precocemente, permitindo o acompanhamento da sua evolução e o correto tratamento, é possível garantir uma vida normal.
A cirurgia
O único tratamento para a catarata ocular é a cirurgia, que atua para tratar o cristalino. Ou seja, durante a intervenção de facoemulsificação o núcleo é microfragmentado e aspirado, é retirado o córtex e o núcleo do cristalino e é colocada uma lente intraocular para ocupar o espaço onde estava o cristalino danificado.
A cirurgia para correção é considerada segura, ainda assim, o médico especialista deve considerar todos os seus riscos, que apesar de pouco frequentes, existem.