Segundo o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, que é o organismo responsável pela administração do dinheiro e do financiamento do Estado Português, desde que o Governo lançou em 2008 a série C dos certificados de aforro, que o montante aplicado em certificados de aforro diminuiu 10,92%. Isto porque esta série C foi encarada como uma versão pouco generosa em relação à série B existente desde 1986.
Além do abandono deste produto financeiro devido a alterações estruturais ao próprio produto, a verdade é que muitos portugueses, vêm como alternativa aos certificados de aforro, os certificados do Tesouro que, por exemplo, em Outubro, apresentavam uma taxa de juro de 6,1%, o que é bastante atractivo.
Em Outubro os certificados de aforro renderam 0,996% e em Novembro irão render 1,109%. Tal está directamente relacionado com o aumento da taxa Euribor a 3 meses, que é a referência para o cálculo da rentabilidade dos certificados de aforro.
Os certificados de Tesouro, um produto bastante recente, lançado em Julho, alcançou em Outubro a taxa de remuneração mais elevada – 6,1%, para quem mantiver o investimento durante o período máximo, que são 10 anos.
Este produto de poupança, encarado como produto substituto dos certificados de aforro, já concentra um saldo de 287 milhões de euros das poupanças portuguesas, em 3 meses; contrastando com 16.096 milhões de euros dos certificados de aforro.
Só no mês de Setembro os portugueses resgataram 142 milhões de euros mas aplicaram 39 milhões, o que dá um saldo de 103 milhões de euros. Estes são valores referentes a um mês mas a realidade é que desde 2008 que o número de resgates dos certificados de aforro é bem superior às novas subscrições, o que fazia com que o Estado perdesse as poupanças dos aforradores para os bancos. Foi esta situação que motivou o lançamento dos certificados de Tesouro, algo mais direccionado para o médio e longo prazo.